Mundo Perdido (Michael Crichton)



Seis anos se passaram desde os eventos catastróficos que puseram fim ao sonho milionário de John Hammond e da InGen, seis anos desde que a Ilha Nublar em que o Parque dos Dinossauros fora construído foi esvaziada, as instalações e os dinossauros eliminados, ou pelo menos era o que se achava… Afinal, misteriosos animais têm sido encontrados mortos nas regiões costeiras da Costa Rica. O governo faz de tudo para impedir que informações sobre o assunto vazem. Donos de empresas de biotecnologia estão interessados. Em meio a tantos boatos um paleontólogo destemido (na verdade meio inconseqüente), Richard Levine, decide averiguar essa história mais a fundo. Ele quer  empreender uma busca pelo “Mundo Perdido”, i.e. por dinossauros vivos, e quer contar com a ajuda do Prof. Ian Malcolm. Lembram dele? Ele estava presente durante aqueles acontecimentos derradeiros, ele e seu ‘otimismo’ sempre presente. Que segredos as florestas costa-riquenhas escondem? Qual a ‘herança’ deixada pela InGen?

Com diálogos sarcásticos, por parte de Ian é claro além de várias discussões sobre assuntos científicos, o livro é um prato cheio para quem curte ficção científica de qualidade, aquela recheada de fatos científicos e muita ação e aventura. Só para vocês terem uma idéia temos crítica ao mundo acadêmico, a história dos dinossauros e a origem do termo cunhado por Richard Owen, Charles Darwin, Georges Cuvier, genética de populações, panspermia, ecologia e em meio a tudo isso ataques de Raptors, Carnotauros, Tiranossauros…

“- Eu não sei, mas toda a atitude para com a pesquisa está mudada, Richard. Isso é bastante evidente aqui. A Costa Rica tem uma das ecologias mais ricas do mundo. Meio milhão de espécies em doze hábitats ambientais diferentes. Cinco por cento de todas as espécies do planeta estão representadas aqui. Este país tem sido durante anos um centro de pesquisa biológica e, posso garantir, as coisas estão mudando. Nos velhos tempos, as pessoas que vinham para cá eram cientistas dedicados que queriam aprender tudo, só por amor ao conhecimento e ao estudo – macacos gritadores, vespas polistinas, plantas sombrilla. Pessoas que tinham escolhido seus campos de estudo porque gostavam do que faziam. Certamente não iam enriquecer com isso. Mas agora tudo na biosfera tem valor potencial. Ninguém sabe de onde vai sair o próximo medicamento, e por isso as empresas farmacêuticas criam todo o tipo de fundo de pesquisa. Talvez o ovo de um pássaro tenha proteínas capazes de inibir a coagulação do sangue. Talvez a superfície cerosa de uma samambaia contenha um analgésico. A atitude para com a pesquisa está mudando. As pessoas já não estudam o mundo natural, mas estão fazendo um trabalho de extração. É uma mentalidade de saqueador. Qualquer coisa nova ou desconhecida automaticamente é interessante porque pode ter algum valor. Pode valer uma fortuna” (pág. 48)

Saímos de Ilha Nublar, agora o nosso ponto de encontro é o Sítio B na Ilha Sorna, um local não menos imponente do que a primeira ilha e que esconde inúmeras surpresas. O que Hammond fazia no Sítio B? Qual era o papel que o Sítio B representava para o antigo Parque dos Dinossauros? O que há de errado com o local? Para aqueles que como eu eram fissurados nos filmes quando criança, recomendo fortemente a leitura, Crichton encerra com maestria os eventos iniciados no Parque dos Dinossauros.

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3 Comentários

Arquivado em Lendo aleatoriamente, Resenhas da Núbia

3 Respostas para “Mundo Perdido (Michael Crichton)

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  3. juan vitor

    isso ai não procede muito bem.No 1 livro o Ian morre no final por causa dos ferimentos então cm é que ele pd ter ido pra segunda ilha?? Vo caçar esse livro man

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