A cidade é Alta Granada. Cinco amigas, lindas, poderosas, as populares do colégio… em apenas uma palavra: metidas. Os marotos, grupo de cinco amigos, os plebeus da escola, não seguem as regras e por isso são ignorados pelas populares do colégio. Amanda é do grupo das populares e Bruno dos marotos, apesar disso, são amigos desde sempre. Eu poderia continuar por essa linha de pensamento e dizer que apesar de todos os empecilhos, os garotos descobriram que o que sentiam um pelo outro era mais que amizade… Como assim? Bem, eu não conhecia a história da Babi do tempo da fanfic e foi exatamente essa impressão que o primeiro capítulo me passou: Bruno e Amanda. A Babi me enganou, haha.
Pois é, nada de Bruno e Amanda, o casal da vez é Amanda e Daniel. Daniel que também faz parte dos marotos e por quem a garota sempre nutriu um amor secreto ainda que proibido. Como assim proibido? Acontece que Guiga, uma das amigas de Amanda, também gosta de Daniel, quero dizer, gosta não, gostava. Como as duas garotas gostavam do menino, entraram em um consenso e pelas “regras da amizade” desistiram ambas do garoto. Mas acontece que uma inesperada atividade proposta pela professora de artes deixa as meninas e os marotos mais próximos. E Amanda vê seu amor por Daniel renascer, o garoto que sempre gostou dela vê a chance de finalmente conseguir algo com ela e ambos não resistem. Mas como assumir esse amor? Como Amanda pode correr o risco de perder uma amiga por causa de Daniel? Vocês devem estar achando a guria louca né, afinal, Guiga não gosta mais de Daniel. Mas Amanda não sabe, Guiga não fala e a garota não pergunta. Em meio a tantos mal entendidos será que essa história de amor terá solução? Poderão Amanda e Daniel serem felizes, apesar das “regras sociais” e tudo o mais?
No meio disso tudo, o diretor criou os bailes de sábado à noite e uma banda de mascarados tem feito sucesso entre a garotada. Amanda, também os admira, afinal os garotos cantam músicas que refletem o que ela está vivendo. Como podem saber tanto? Quem são eles por detrás das máscaras?
A história da Babi é muito bem escrita, com várias referências musicais e cinematográficas, que eu adorei. Mas, confesso que perdi a paciência com a Amanda muito cedo, caramba, que vontade de sacudi-la e gritar na cara dela: ‘Acorda para a vida garota!’. Amanda não me cativou, mas me fez recordar da adolescência, quando a eterna falta de diálogo dificultava muito nossa vida. Ponto para a Babi que soube captar essa fase tão bem, que é impossível não sentir raiva dos adolescentes.
A trama é centrada em um romance juvenil e o pano de fundo é um colégio, então não espere nada muito psicológico e tramas muito complexas. A não ser que você leve os dramas juvenis tão a sério. Apesar disso, a narrativa da Babi nos faz vivenciar muitas emoções: raiva, incredulidade, nostalgia, alegria. E para mim, um livro que faz isso, independente de sua “profundidade”, é um livro que cumpre o seu papel: provoca reações no leitor. É um livro recomendado para aqueles que gostam de ler romances juvenis e que acham que ainda é válido relembrar sua juventude. Só tenho uma ressalva: a história é de adolescentes, todos menores de idade, confesso que fiquei apreensiva quando vi que a relação adolescentes X carros foi tratada como sendo muito normal. Bruno ia para a escola dirigindo, Daniel, Albert, Anna… eu sei que muitos pais (irresponsáveis) deixam filhos menores de idade dirigirem, mas acho que esse fato não precisava ser retratado de forma tão explícita no livro, a não ser que a idéia fosse passar alguma mensagem educativa. Eu não ligaria de ver os personagens andando mais de ônibus, ou dependendo um pouco mais dos pais para as caronas.
Para quem se interessou, o livro pode ser comprado diretamente com a autora. Saiba mais aqui.
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Em tempo: A Babi respondeu a dúvida suscitada a respeito da utilização de carros aqui: http://www.babidewet.com/san/noticias
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Odeio ser pobre. Li Sábado à Noite quando era fanfic e é uma das minhas fanfics preferidas, mas como o livro não vende em livrarias, fica complicado comprar ;~
Adorei a resenha, só me deixou mais na vontade 😦 hahaha
beijos
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Oi Thanny,
pois é, não conheci na época da fanfic mas já fiquei sabendo de todo o sucesso que ela fazia naquela época, ainda mais com as fãs do McFly. Tenho que confessar que não gosto muito do McFly, huahua, e achava que teria muito McFly no livros, mas não as referências musicais que a Babi faz são bem legais em vários momentos me peguei cantarolando algumas músicas citadas. Veja como andam as vendas com a Babi, o melhor de comprar com autora é que o livro vem autografado. =)
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