As Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá – Lewis Caroll

 

Este é um dos livros que comprei na Bienal do Livro de São Paulo. A edição lançada pela Editora Zahar tem uma qualidade incrível! Capa dura, com folhas grossinhas (daquelas meio amareladas, sabe?). Tudo isso por meros R$13,90. E não é preço de bienal! É o preço normal por aí!

Bom, primeiramente, achei lindo colocarem as duas histórias em um livro só. Simplesmente porque o contato que eu tinha com Alice eram os dois filmes: a animação da Disney e a versão nova, com direito a Johnny Depp.

E, como no filme com o Johnny tinha e não tinha coisas que estavam no filme da Disney, fiquei curiosa para ler e saber quais os elementos que eles aproveitaram em cada uma das histórias.

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas

Esta história é mais parecida com o filme da Disney. Descreve como Alice encontrou o coelho branco e o seguiu para dentro de um buraco, que levava para o País das Maravilhas.

De lá, Alice entra na sala que tem a pequena porta trancada, e ela encolhe bebendo uma poção e aumenta comendo o bolinho. Tem a corrida para se secar, a lagarta filosófica, o gato sorridente, a rainha de copas, o julgamento de alice… E finalmente, ela acorda. Claro que Alice nunca se toca que todas as suas aventuras são frutos de sonhos. Quando as conta para sua irmã, narra com convicção de que ela realmente passou por tudo isso, por mais inacreditável que possa parecer.

Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá

Alice está brincando com suas gatinhas quando começa a analisar a sala vista do espelho. Tudo é igual, mas Alice se imagina se o fogo da lareira é igualmente quente, se a Alice do espelho é boazinha e outras perguntas que a gente se fazia quando éramos criança.

Aí ela se encontra no mundo do espelho, e nele, as flores cantam, e para chegar a um lugar, deve-se ir no sentido contrário, ou sempre se afastará mais dele. É quando ela conhece a Rainha Vermelha, que a leva até a borda de um campo que parece um tabuleiro de xadrez e convida Alice a ir até a oitava casa, onde todas são rainhas e há uma festa. O resto do livro é uma narrativa da aventura de Alice pelas casas do tabuleiro, onde ela encontra criaturas como Tweedledum e Tweedledee e Humpty Dumpty. Novamente, ao fim da história, tudo não passa de um sonho de Alice.

A maneira de narrar as aventuras de Alice é muito gostosa: mistura os pensamentos dela com os do autor e dá sempre aquela impressão de que a história está sendo contada a alguém, ao invés de simplesmente descrita. O autor faz alguns comentários sobre o que Alice está fazendo durante a história que dão esse tom de “contador de histórias”, mas sem forçar a barra. É quase como se tivessem gravado ele contando a história a seus filhos e transcrito. Muito legal!

Outra coisa bacana é que as imagens que ilustram o livro são citadas durante a narrativa. No estilo “querem ver o Coelho Branco? Ele está na página x” – só para vocês terem uma idéia. Isso ajudou demais na formação das personagens na minha mente. Bom, isso e os dois filmes hahhaa.

Concluí que ambos os filmes adotaram elementos dos dois livros, mas acredito que o de Tim Burton seguiu mais o Através do Espelho, enquanto o da Disney é mais fiel ao País das Maravilhas.

Recomendo a leitura para quem quer ler um livro leve, fácil de ler, criativo.. E, claro, para quem é fã (como eu) de Alice!

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