Fade – Desvanecer (Lisa McMann)

Depois de ser apresentada a Janie em Wake, vocês podem ler a resenha do primeiro livro da série aqui, fiquei interessada no seu dom, no seu romance com Cabel e curiosa para saber se McMann conduziria sua história de acordo com meu palpite. Eu estava torcendo para que ela fizesse isso e ela fez! O que temos na sequência de Wake é uma espécie de romance policial juvenil na qual a protagonista tem um poder parapsicológico se assim o quiser chamá-lo. Já aproveito para avisá-lo que esta é a resenha do segundo livro da série e que fatos referentes ao primeiro livro podem ser comentados, caso ainda não tenha lido nenhum livro da série continue a ler a resenha por sua própria conta e risco.

McMann continua com a narrativa característica da trilogia, uma narrativa entrecortada e meticulosamente datada e cronometrada. Com parágrafos curtos e com as ações ocorrendo rapidamente é difícil não devorar o livro e lê-lo em poucas horas. Jane e Cabel estão trabalhando disfarçados, ambos agora são agentes da Narcóticos e a próxima missão dos dois é descobrir se as denúncias anônimas provenientes da Fieldridge High School (onde estudam) são verdadeiras. A denúncia leva a crer que um professor do colégio seja um pervertido sexual e mais do que nunca Jane é necessária nesta investigação. Ela e Cabel ainda estão juntos, mas para não estragarem o disfarce para todos os efeitos estão separados. E é bom comentar que o garoto não está nem um pouco contente com os riscos que Jane está assumindo ao participar desta investigação. Em meio a isso tudo, a Capitã Komisky entrega a Jane alguns arquivos dos casos em que Martha Stubin (sim, a velhinha cega do asilo!) trabalhara como apanhadora de sonhos. E junto deles está um diário deixado por Martha…

“Este diário é dedicado aos (às) apanhadores(as) de sonhos. É escrito expressamente para aqueles que seguirem meus passos, uma vez que eu tenha partido deste mundo.

(…)

Seja qual for a sua decisão, está entrando em uma longa e árdua jornada. Não desejo que se arrependa. Pense a respeito. Tenha confiança em sua decisão, seja ela qual for.”

Será que Jane terá coragem de abrir o diário e assumir todos os riscos que seu dom parece lhe reservar?

Entre seu dilema pessoal e as pequenas rusgas que a investigação está provocando entre ela e Cabel, Jane está empenhada em sua tarefa de “apanhar” os sonhos alheios para desvendar o mistério. Porém, os “sonhos” de Jane têm provocado alguns efeitos colaterais que nos fazem suspeitar o que o futuro lhe reserva. Eis uma série que comecei a ler achando que seria apenas mais um romance sobrenatural, mas que me surpreendeu. No primeiro volume nos centramos na luta da garota para conseguir viver com esse dom, para conseguir estabelecer um convívio social sem que seja taxada de louca e no seu romance com Cabel. A partir de agora os desdobramentos advindos do dom de Jane tomam o palco principal, ela agora é uma espécie de Patrick Jane (com a diferença que no caso dela o dom é real) da polícia e vai ser interessante acompanhar sua atuação nas investigações criminais.

Algumas pessoas têm reclamado porque alguns blogueiros passaram a falar sobre problemas textuais e de tradução nas resenhas, que essas pessoas me desculpem, mas o meu nível de TOC é grande o suficiente para não me deixar finalizar essa resenha sem comentar alguns errinhos cometidos na edição brasileira. Alguns errinhos que uma tradução e uma revisão mais atenta não deixariam passar sejam eles a falta de letras em palavras ou a falta de uma coesão textual, por exemplo, em uma determinada passagem os personagens estão no lugar X conversando e fazem uma referência à X como sendo lá e não aqui. Não sei como o trabalho de revisão é feito, mas gastar um tempinho a mais da produção com ela seria legal para garantir a qualidade dos livros que lemos.

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