Anoitecer – Diários do Vampiro: O Retorno (L. J. Smith)

Atenção, este post trata do quinto livro da série Diários do Vampiro de L. J. Smith e pode conter spoiler, ou seja, revelar pedaços do enredo dos livros anteriores (não do livro em si). Para ler a resenha de Reunião Sombria, o quarto livro da série, clique aqui.

Elena voltou dos mortos. Mas não é nem vampiro nem humana:  ela é um espírito que perdeu toda a sua memória e capacidade de comunicação com humanos. Ela parece tanto uma criança, que durante o livro, se referem a ela como “criança-espírito”. A única pessoa que a entende é Stefan, com quem ela compartilha imagens mentais fragmentadas para “conversar”.

O sangue da nova Elena é diferente do dos outros mortais: é irresistível, tornando a menina alvo de criaturas nefastas. Isso somado ao Poder concentrado em Fell’s Church atrai vários seres sobrenaturais, e como não poderia deixar de ser, eles são do mal…

Um dos novos visitantes se aproveita do lado maligno de Damon e faz um trato com o vampiro para que Stefan saia caminho que separa o vampiro de Elena. Além disso, algum elemento maligno tomou conta do coração de Caroline, que odeia Elena por ter tudo que ela sempre quis (Matt, Stefan, a amizade incondicional de Bonnie e Meredith, popularidade, etc) e torna a menina mais um veículo do mal em Fell’s Church.

Stefan é atraído a um lugar que promete fazê-lo voltar a ser humano, deixando Elena “sozinha” para enfrentar todos os novos inimigos que apareceram na cidade. O sozinha está entre aspas porque Elena pode confiar em Matt, Meredith e Bonnie. Elena também acredita que, por causa da promessa que obrigou Damon e Stefan a fazerem, de que eles cuidariam um do outro, ela pode confiar em Damon… Será?

O quinto livro da série Diários do Vampiro começa confuso. Para quem acompanha a série na TV, as coisas com certeza não fazem sentido algum. Eu precisei ler uns resumos na Wikipedia para lembrar exatamente o que é do livro e o que é do seriado. Depois que eu lembrei de tudo, ainda sofri um pouco. As primeiras 100 páginas são sofridas, já que não estamos entendendo bem o que acontece. Mas depois o livro flui bem.

Achei meio estranho (para não dizer tosco) que, como a série original foi publicada no começo da década da 1990, quando celulares ainda eram objetos da ficção científica, estes objetos (e computadores), não existem nos primeiros quatro livros. Mas o quinto livro foi publicado em fevereiro de 2009, quando todo mundo tem (pelo menos) um celular. Então a autora foi “obrigada” a incluí-los em sua história, o que faz com que as coisas fiquem meio estranhas. Olha o trecho abaixo:

Bonnie insistiu que haveria alguns meios de se comunicarem com Stefan e estava prestes a exigir parte do sangue e do cabelo dele para o feitiço de invocação quando Stefan observou com gentileza que agora ele tinha celular. (pg. 75)

No livro anterior, a menina sofreu horrores pra conseguir convocar o vampiro e agora SHAZAN! todo mundo tem um celular. Não ia prejudicar em nada a série que ela continuasse a ser narrada no começo da década passada. O que ficou estranho é, da noite para o dia, existirem celulares e computadores. E como o quinto livro acontece algumas semanas (no máximo) depois do quarto, ficou mesmo estranho. Achei preguiçoso da parte da autora.

A série ainda continua interessante. E desta vez, o gancho para o próximo livro não poderia ser mais forte, então CLARO que eu quero ler Almas Sombrias, que a Galera Record já lançou. Mas o Rehab me proíbe de comprá-lo. Record, vocês não querem me fazer uma doação!?!?!

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