Eu não sou uma pessoa que liga nomes a fatos rapidamente, então quando comecei a ler este livro, demorei algumas páginas para associar a moça da capa à modelo do acidente do helicóptero. Em 2001, quando o acidente aconteceu, eu tinha 12 anos e a modelo Fernanda Vogel tinha 20 e, ao contrário de todas as expectativas, morreu no auge da carreira.
O livro Fernanda Vogel na passarela da vida narra os passos da modelo, desde a infância até depois do acidente, de um jeito tão bonito que não tem como não sermos cativados. É impossível não sentir um carinho imenso por ela, que era amada por tantos, como mostra o livro. Ler o livro pensando “poxa, mas ela vai morrer” foi uma das coisas mais difíceis para mim, eterna fã de finais felizes (não que saber o fim tivesse me impedido de torcer, o tempo todo, por um desfecho diferente).
A narrativa do livro é uma delícia. A autora contou a história, e na hora de dar cor às passagens, escolhia palavras das pessoas que realmente conheceram a Fernanda. Todos os trechos se tornam muito mais reais por terem sido narrados assim, parece que várias pessoas se juntaram para falar o quanto a modelo era (e é) amada, o que imagino que tenha sido como o livro foi escrito.
Um dos momentos mais chocantes para mim foi quando revelam que a modelo era fã de Harry Potter e que, ao esvaziar o apartamento em que vivia em São Paulo, a mãe (por quem passamos a sentir um carinho absurdo durante a narrativa), Dona Myriam, encontra o quarto volume da série. Aí caiu a ficha: Fernanda morreu sem ler o desfecho da série =/ Pode parecer bobeira, mas fiquei devastada! Foi quando eu realmente me toquei do que aconteceu com ela… Foi o que, finalmente, me fez perceber que Fernanda Vogel teve uma história digna de romances, mas foi uma pessoa real, cuja vida acabou cedo demais…
“A beleza é uma homenagem. Um dom. Uma pureza. Uma breve manifestação de perfeição divina. Beleza é vida. É cor. É brilho. Beleza é quase tudo. Tudo que se quer para si ou que se busca no outro… Assim é Fernanda.”
Chorei horrores. Não conhecia a modelo, era nova demais quando ela morreu para ter sido afetada demais, mas ao “conhecê-la” nas palavras de Tammy Luciano senti como se tivesse sido amiga de verdade. Não tem como não se emocionar com a partida de uma pessoa que era tão otimista, feliz e querida.
Recomendo o livro, com toda a certeza, e recomendo também muitos lencinhos de papel para secar lágrimas.
Queria agradecer à autora, Tammy Luciano, por disponibilizar um exemplar do livro para o Book Tour, e à Pri Beletato por ter organizado o mesmo (e ter me incluído na lista de participantes haha!). A leitura foi mágica do começo ao fim!
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