Esta resenha trata sobre os acontecimentos do segundo livro da série Flávia de Luce. Para saber o que eu achei do primeiro livro, clique aqui.
“Como era excitante pensar que, muito depois de o mundo ter terminado, tudo o que restasse de nossos corpos seria transformado em uma deslumbrante nevasca de poeira de diamante, soprada rumo à eternidade sob a luz vermelha de um sol moribundo.”
O que mais me surpreendeu na protagonista criada por Bradley foi seu pensamento afiado e sua grande paixão pela química. Flávia de Luce como quem não quer nada mostrou que seu poder de dedução não deixa nada a dever aos outros grandes detetetives e que com um punhado de intrepidez e falta de limites é impossível não descobrir as mentes por trás dos crimes. Já estava com saudades da pequena detetive-cientista e no segundo volume da série, Bradley mostra que sua heroína veio para ficar e nos deixa com ansiedade esperando por suas próximas aventuras.
Rupert Porson é um exímio fabricante e apresentador de marionetes, de muito sucesso em toda Inglaterra. Por aquelas coincidências do destino (será mesmo?) ele acaba indo parar em Bishop’s Lacey na companhia de sua assistente Nialla e uma van quebrada em frente ao pátio paroquial. Com o carro quebrado impedindo o prosseguimento da viagem, o vigário sugere que Rupert faça duas apresentações no Salão Paroquial e a Flávia coube o papel de cicerone da dupla. É assim que a garota começa a elaborar suas suposições, primeiro sobre o relacionamento de Rupert e Nialla, depois sobre o lado profissional de Rupert que acabou indo parar em Bishop’s Lacey porque brigou com seu produtor da BBC e acaba descobrindo uma intricada rede de relacionamentos envolvendo o artista.
Em Flávia de Luce e o Teatro de Marionetes, Bradley demora um pouco mais para entregar qual o mistério da vez, diferentemente da primeira aventura de Flávia o assassinato não ocorre logo nos primeiros capítulos e só depois nos são dadas as pistas. Neste segundo volume, as pistas são fornecidas desde o primeiro capítulo, o caso fez-se caso antes mesmo de existir e Flávia precisa retroceder nos eventos para decifrar a história por trás dessa nova tragédia.
Rupert Porson encontrou seu fim durante sua última apresentação de marionetes em Bishop’s Lacey e é claro que Flávia estava presente e por mais que o inspetor Hewitt (aquele de quem Flávia usurpou o papel de investigador desde a aventura anterior) tente deixá-la de fora, quem conhece a garota sabe que isso é impossível. A pequena detetive segue surpreendendo, mostrando ao inspetor Hewitt até como ele deve fazer o seu trabalho ao abrir-lhe os olhos fazendo-o perceber que a morte de Rupert não foi um acidente e sim um assassinato! Preparem-se para muitas aventuras em companhia de Flávia, algumas observações ácidas e reviravoltas surpreendentes.
Bradley nos presenteia com uma Flávia mais sensível, que sente muita falta da mãe e pena na mão das irmãs mais velhas, mais ácidas e cruéis em suas implicâncias. Mas, se as irmãs sabem como magoá-la, ela também não fica atrás na elaboração de suas vinganças. Todas envolvendo química é claro. Assim como no primeiro livro, o autor também recheia sua história de referências históricas e literárias, tornando o acompanhar das investigações de Flávia uma aventura repleta de informações. Se você gosta de histórias de detetives, curte séries e não tem nada contra literatura infanto- juvenil, não deixe de acompanhar as aventuras de Flávia.
Conheça a série Flávia de Luce:
- Flávia de Luce e o Mistério da Torta
- Flávia de Luce e o Teatro de Marionetes
- A Red Herring Without Mustard
- I Am Half-Sick of Shadows
- Seeds of Antiquity
- The Dead In Their Vaulted Arches
Para mais informações:
http://www.editorasaraiva.com.br/flaviadeluce/
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