Um homem é encontrado morto no pântano de uma pequena e pacata cidade: Palmyra. Como o corpo foi encontrado em um ponto turístico, o delegado da polícia, Joaquim Dornelas logo se vê pressionado para descobrir quem foi assassinado e mais importante: quem é o culpado. Quando as pistas levam o caso às portas da elite política da região, o delegado tem que pisar em ovos para não culpar a pessoa errada e ser a próxima vítima.
Paralelamente à investigação, acompanhamos a jornada pessoal de Dornelas, recentemente divorciado e sentindo falta dos filhos e da mulher. Ver o lado humano da protagonista, os conflitos internos, os caminhos que o raciocínio dele percorrem para resolver os problemas à mão. Tudo isso é mostrado na narrativa de uma maneira tão real que parece que você é vizinho do protagonista e está vivendo com ele todas as suas angústias.
A descrição da cidade, das personagens e de todo o caso é incrível. Somos cativados desde a primeira página pela narrativa de Paulo Levy, que não deixa pontas soltas na narrativa, nem mesmo para deixar o leitor ávido para a continuação.
O livro é muito cativante, as personagens são verossímeis. São seres humanos normais, sem anjos, vampiros, lobisomens. No entanto, não falta sobrenatural na narrativa, afinal, trata-se de uma investigação, e isso não é um tema cotidiano. Um prato cheio para quem gosta de história à lá CSI, mas com um toque mais realista. Em vários momentos da história, Dornelas lamenta não ter recursos mais avançados como testes de DNA para auxiliar a resolver o caso.
A leitura foi muito deliciosa. Durante uma das leituras, estava no metro e perdi a minha estação, de tão envolvida que eu estava. É sempre um prazer enorme conhecer autores nacionais que conseguem criar histórias cativantes assim. E um prazer maior ainda perceber que temos autores que escrevem boas histórias de suspense investigativo! Eu nunca me decidia sobre o culpado, ficava o tempo todo mudando de idéia e, no fim, errei! Um autor para guiar a narrativa assim tem que ser muito consciente do universo que criou e de como está guiando a história.
Gostaria de agradecer à Editora Bússola por ter me cedido o exemplar. Espero ter a oportunidade de ler mais livros da editora (especialmente a continuação das aventuras do Delegado Dornelas) no futuro.
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Gostei do enredo e o personagem Dornelas parece ser bem interessante. Quando você falou dele pela primeira vez em um Rehab, achei que fosse livro estrangeiro, legal saber que o autor é brasileiro. Vou acrescentá-lo na minha lista de leituras futuras. =)
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