A Mari já leu e resenhou o livro, para saber o que ela achou clique aqui.
A região ainda é Carcassone (Languedoc), mas não é Los Seres o lugar da vez (apesar dele ser citado e alguns personagens da história anterior serem mencionados e até terem alguma relação com a história atual) e sim Rennes-les-Bains. Novamente passado e presente se entrelaçam para criar uma história de mistério, romance e tragédia. Assim como em Labirinto, a narrativa vai e vem no tempo, revelando como a vida de Meredith atualmente está relacionada à vida de Léonie em 1891, tudo aos poucos como uma fotografia que se revela, uma música que se compõe… No início temos novamente a narrativa morna de Mosse (que a um primeiro momento pode acarretar desistências), mas que no decorrer da história fica cada vez mais vívida e frenética à medida que novos fatos nos são fornecidos. Uma característica das personagens de Mosse é serem mulheres de temperamento forte e que não temem o desconhecido, e suas protagonistas da vez não nos decepcionam, ainda que em alguns momentos tenhamos vontade de dar umas sacudidas nelas para ver se elas conseguem enxergar o que está bem a sua frente.
Em 1981 conhecemos a jovem Léonie Vernier em Paris. Uma moça de 17 anos com uma grande admiração pelo irmão Anatole. A vida da família Vernier está bastante atribulada e de repente Léonie se vê lançada na propriedade da tia, Herdade do Cade, em Rennes-les-Bains. Ali se vê as voltas com lendas misteriosas que parecem ter um fundo de verdade e acontecimentos envolvendo sua família que ela sequer suspeitava, mas que mudarão sua vida para sempre.
Em 2007, Meredith Martin está na França pesquisando para escrever uma biografia do compositor Claude Debussy, mas, além disso, quer saber mais sobre as raízes de sua família que parecem estar irremediavelmente ligadas à região de Carcassone. É assim que ela acaba como hóspede no hotel Herdade do Cade, tendo como pistas apenas um envelope contendo fotos antigas e uma peça musical para piano denominada Sepulcro, 1891. Isso e um misterioso baralho de tarô com o qual ela sente uma estranha conexão.
“A única história que lhe havia atiçado a imaginação, no entanto, era mais contemporânea. Falava de relatos escritos que remontavam ao fim do século XIX, de um sepulcro profanado que haveria dentro da propriedade, de um baralho de tarô que se acreditava ter sido pintado a mão, como uma espécie de mapa do tesouro, e do incêndio que havia destruído parte da casa original.”
Em Herdade do Cade, Meredith conhece Hal, o sobrinho do dono do hotel e sem querer se vê no meio de uma história maior, que revelará muito de seu passado, mas que também envolve interesses escusos e ambiciosos que podem colocar sua vida em risco. Mais do que uma história pela busca do passado, Sepulcro traz mistérios e crimes a serem desvendados, que servem para tornar a história mais instigante. Gostei da conclusão, não tem todo o mistério de Labirinto (e ligar as pistas deixadas pela autora e adivinhar os acontecimentos vindouros é uma tarefa muito mais fácil aqui), mas não fica muito atrás. Com bons personagens e trama interessante, Mosse mostra novamente que sabe manter uma boa conversa entre o passado e o presente e que esse paralelo pode render ótimas histórias. Não vejo a hora de conferir Citadel e ver qual período da história dos cátaros Mosse utilizou como inspiração para encerrar a trilogia (com menos cara de trilogia do universo) Languedoc.
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\o/ Eu li Labirinto e gostei mtooooooooooooo! Amo livros grandes e intrigantes sabe?! Esse soube prender minha atenção! E quero mtoooooooooo ver Sepulcro! \o/ Amei a resenha amiga! =) Está sabendo da série né?!
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Se você gostou de Labirinto, certeza que irá gostar de Sepulcro também (apesar de eu achar o primeiro melhor)! Tô sabendo sim, estou com muita vontade de ver, tem o Tom Felton no elenco. \o/
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