Maze Runner – Prova de Fogo (James Dashner)

Atenção, esta resenha trata dos acontecimentos do segundo livro da trilogia Maze Runner e pode haver spoilers (evitados ao máximo) sobre fatos do livro anterior. Para saber o que eu achei do primeiro livro, confira os links no final desta resenha.

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“E, embora não possa lhes dizer tudo neste momento, é imprescindível que saibam o seguinte: esses experimentos pelos quais estão passando acontecem por uma causa muito importante. Continuem a reagir bem às Variáveis, continuem a sobreviver e serão recompensados com o conhecimento de que desempenharam um papel importante na tentativa de salvar a raça humana. E a vocês mesmos, é claro.”

À primeira vista a trilogia Maze Runner poderia se tratar apenas de um experimento maluco no qual decidiram jogar alguns garotos dentro de um labirinto e estudar seus comportamentos frente ao perigo e ao desejo de escapar dessa prisão. Mas, lembra-se do arcabouço que eu comentei na resenha passada? Pois é, o que se delineava apenas como um thriller psicológico mostra que na verdade é uma distopia bem construída, e se os elementos que a caracterizavam como tal eram apenas sugestões, em Prova de Fogo os garotos são lançados nesse pouco admirável mundo novo e são confrontados com o mal terrível que acabou acarretando a construção do Labirinto.

A Terra da qual eles ainda não se lembram, foi atingida há algum tempo por fortes tempestades solares, que além de terem desolado vastas regiões do planeta ainda provocaram o surgimento de uma doença. O Fulgor, também chamada por alguns de Fúria transformou o planeta em um filme de terror tipo B, porque essa doença não mata silenciosamente, ela ataca o sistema nervoso e em seus estágios avançados transforma humanos em bestas, chamadas Cranks, que se esquecem de suas vidas passadas e comem uns aos outros quando são totalmente dominados por seus instintos animais. Acho que imaginá-los como os zumbis 2.0 de The Walking Dead seria uma forma de enxergar o poder destrutivo dessa doença. E é contra ela que os garotos serão confrontados, porque quando escapam do Labirinto eles descobrem que ele era apenas o experimento inicial, que testes espelhados foram feitos só que com garotas e que tudo faz parte de um plano maior que tem por objetivo encontrar a cura para essa doença. E o pior é que o CRUEL, instituição intergovernamental criada para combater esse mal, ainda não terminou com eles, porque mais estudos são necessários e eles ainda não estão prontos para libertar suas cobaias.  E a segunda fase desse experimento promete momentos realmente difíceis.

É assim que Thomas, os Clareanos que conseguiram sair com vida do Labirinto e as outras garotas que escaparam de um lugar similar são lançados na região desértica que se tornaram os trópicos. A região desértica que se tornou o local de despejo dos humanos afetados pelo Fulgor e que por isso mesmo exibe altos níveis de contaminação e se tornou um campo minado de Cranks perigosos e incontroláveis. A missão deles? Atravessar essa região em direção a um refúgio localizado no norte e sobreviver durante duas semanas. A promessa da vez? A cura do Fulgor para a humanidade e para eles e quem sabe a tal sonhada liberdade. Para dificultar essa jornada, o CRUEL revela que pode manipular seus cérebros e fazê-los acreditar no impossível ou agir conforme eles quiserem e que não há regras, logo tudo pode acontecer. Mas, dessa vez eles terão alguma ajuda, porque ainda existem por ali alguns Cranks lúcidos e que estão dispostos a ajuda-los nessa empreitada em troca de conseguir a cura para si. E em meio a isso tudo, Thomas começa a ter estranhos sonhos que parecem estar relacionados com sua antiga vida e o surgimento do CRUEL e se no primeiro livro ele já tinha forte suspeitas de estar envolvido nessas experiências, agora ele lembra e nos apresenta outras facetas dessa época. O fato é que depois de tanta maldade e tantas experiências está cada vez mais difícil acreditar que o CRUEL é bom, mesmo que seu objetivo seja encontrar a cura para o Fulgor ou que Teresa tenha se apegado tanto a essa crença quando chegou à Clareira. Enfim, o segundo volume da série começa eletrizante e não perde o ritmo que já se tornou característica da série, ao contrário do livro anterior e talvez ajudado por seus acontecimentos, é impossível largar a leitura, mesmo que já esperemos muitas mortes, traições e o medo pairando no ar. Uma trilogia para quem tem nervos de aço, ou pelo menos um estômago um pouquinho mais forte.

Conheça a trilogia Maze Runner

  1. Correr ou Morrer [Skoob][Goodreads][Resenha]
  2. Prova de Fogo [Skoob][Goodreads]
  3. A Cura Mortal [Skoob][Goodreads]

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