No começo do mês passado, tive a oportunidade de viajar a trabalho para os Estados Unidos. Sabendo que a viagem provavelmente iria me proporcionar alguns momentos de leitura – no mínimo, algumas horas no aeroporto e no avião – eu levei um livro. Se eu fosse estimar o tempo que eu levo para ler um livro normal (400 páginas), eu diria que demoro entre 6 e 10 horas. Imaginei 3 horas no aeroporto na ida e 3 horas na volta, então um livro seria bom o suficiente…
Neste post, serei bastante fiel ao nome do blog e vou falar um monte de blablabla antes de realmente falar sobre o Kindle. Se você quiser pular as aleatorieadades, por favor, procure o parágrafo em vermelho abaixo. Lá eu começo a falar as minhas impressões.
Pelas minhas reticências no parágrafo anterior e pelo nome desse post, imagino que vocês já devem ter percebido que eu falhei. Um livro foi menos que o suficiente. Tão insuficiente, que, mesmo não tendo lido durante o vôo (e o motivo para isso vai virar outro post), eu terminei o livro poucas horas depois de aterrisar, praticamente na fila de imigração.
O segundo vilão dessa história (o primeiro sendo, obviamente, eu ter lido rápido demais o livro que levei) é o meu pai. Na verdade, o iPad do meu pai, que eu levei comigo para não precisar levar o notebook e ainda ter um meio de me comunicar com o mundo. No iPad, existe um leitor digital e meu pai tinha Orgulho e Preconceito. No hotel, enquanto eu esperava os telejornais vespertinos acabarem, eu comecei a reler a história das irmãs Bennet e notei algo que eu já imaginava: ler em telas de LCD é horrível. Nunca gostei de ler no computador, mas ler no iPad é uma experiência um tanto pior, pois temos que ficar segurando o tablet. No começo, tudo vai, mas depois de alguns minutos, a coisa complica.
Foi assim que eu me vi procurando informações sobre o Kindle. A Alinde escreveu um post no blog dela que me deixou com aquela vontadezinha. Juntou a fome com a vontade de comer e logo me programei para visitar a Best Buy mais próxima para comprar o meu Kindle Paperwhite. Ah, e como se não tivesse motivos o suficiente, faltava menos de uma semana para o meu aniversário.
Na Best Buy, vi todos os modelos de Kindle que existem, desde o mais simples – que está a venda na Amazon.com.br – até o Kindle Fire, concorrente do iPad. No meio deles, estava o Paperwhite. Com a tela e-ink que não cansa a vista, touch screen, luz de fundo ajustável, entre outras características, ele logo me conquistou e eu levei o meu para casa (ou melhor, para o hotel), onde prontamente baixei…….. Orgulho e Preconceito, e deixei o iPad para ver o Facebook e usar o Skype.
Após pagar pelo Kindle, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a caixa: totalmente minimalista, como o próprio aparelho. A caixa em si era muito bonita, pena que esqueci de tirar foto dela para verem. Dentro, apenas o Kindle e o cabo USB (bastante longo se comparado ao de um celular). O manual de instruções, sendo um livro, naturalmente estava na memória do aparelho.
Ao ligar, somos encaminhados pelo processo de “personalizar” o Kindle. Dar um nome, colocar email, conectar ao Facebook (para compartilhar os trechos que estamos lendo), definir lingua, tamanho do texto, entre outros. Depois, somos direcionados à loja da Amazon, onde podemos comprar os primeiros títulos e começar a construção da biblioteca particular. Como eu estava pobre depois de comprar o Kindle, me contive em baixar (gratuitamente) alguns clássicos. Além de Orgulho e Preconceito, claro.
Vou mostrar algumas fotos para vocês verem o tamanho desse tablet (clicando na foto, ela aumenta). Ele é muito compacto, sem que a tela deixe de ter bastante texto. Dá para ver bem isso na primeira foto abaixo. Não estou usando a menor das fontes, acho que é a quarta menor e é a ideal para mim. A maior fonte é grande demais, na minha opinião… Parece livro de criança (ou para pessoas com grau alto de miopia ou hipermetropia…).
Na segunda foto, podemos ver o “menu” principal, onde estão expostas as obras que estão no aparelho. Você pode optar pela visualização em lista, mas eu achei bonitinha a exibição de capas. Também dá para agradar os maníacos por organização e criar pastas para categorizar os livros por autor, gênero… Ao gosto do dono.
Também na segunda foto, está o livro “My Clippings”. Nele, todas as passagens que você grifou e compartilhou, assim como as páginas que você marcou com “orelhas” ficam reunidas em um lugar só, super prático.
Já posso dizer que senti imediatamente a diferença entre a leitura no iPad e a leitura no Kindle. Além do peso (irrisório do aparelho da Amazon), a tela. Não posso enfatizar o suficiente como essa tela é gostosa. Novamente, vejam a foto do texto de Orgulho e Preconceito… Abaixo, fiz uma comparação entre a luz interna apagada e acesa, para vocês verem a diferença.
Como vocês podem ver dá para ler bem indepentdente da luz utilizada. Inclusive, o Kindle recomenda ligar a luz interna quando estamos em ambientes claros, e desligá-la em ambientes escuros.
Na foto acima, com a luz acesa (a da direita), eu aproveitei para mostrar outra facilidade do Kindle: o dicionário interno. Quando você seleciona uma palavra (basta apenas colocar o dedo sobre ela por alguns segundos), a definição dela aparece automaticamente. Você pode comprar outros dicionários além do padrão que já vem instalado, e definir o que você quer usar no menu de preferências. Eu ADOREI essa função, especialmente porque estou usando meu Kindle tamém para ler alguns livros em Francês, então é sempre bom não ter que carregar o dicionário comigo…
A bateria dura muito. Na volta dos EUA, fiquei 12 horas no aeroporto e a barrinha quase não caiu. Estou com ele faz 1 mês e só carreguei duas vezes – sendo que nenhuma delas foi porque realmente precisava… Foi mais pra evitar ficar sem carga.
Finalmente, a Amazon oferece duas versões de Kindle (independente do modelo, até onde eu sei): uma vem com propagandas da Amazon, outra vem sem. O que isso significa? Basicamente, quando o Kindle está no modo de espera, aparece a Oferta do dia na tela (veja foto abaixo), e um banner de outra oferta quando você está na tela com os livros (veja a primeira foto do post). Ou seja, não incomoda nenhum pouco.
Também dá para ver que podemos bloquear o Kindle com uma senha numérica, para eviar que usem o nosso equipamento sem nossa autorização e, principamente, façam compras na loja online sem nossa aprovação.
Ah, na foto acima, o meu Kindle está “vestido” com a capinha que eu comprei para protegê-lo durante as viagens. O Kindle cabe tão perfeitamente nela que eu sofri um pouco para conseguir tirá-lo da capa para tirar as fotos do post.