Atenção! Esta resenha é do décimo livro da série “As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas”* e pode conter spoiler da trama dos livros anteriores. Leia a opinião da Núbia dos primeiros livros da série: O Tigre de Sharpe (1°), O Triunfo de Sharpe (2º) e A Fortaleza de Sharpe (3º), e as minhas resenhas do livro anterior: O Ouro de Sharpe (9º).
*Eu comecei a ler essa série quando ainda se chamava “As Aventuras de Sharpe” e acho esse nome muito mais bonito, além de ser mas rápido de escrever. E ainda não me conformei com a alteração, mas tudo bem.
As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas. Dificilmente o nome da série poderia defini-la tão bem. Claro que alguns dos livros não são exatamente sobre as Guerras Napoleônicas, mas a época ainda é a mesma, e a narrativa da série começou depois da Revolução Francesa.
Em setembro de 1810, as tropas de Arthur Wellesley estavam em Portugal, empenhadas em impedir o avanço do exército de Napoleão Bonaparte pela Europa continental. Naturalmente, é lá que encontramos Richard Sharpe.
Uma das estratégias do Duque de Wellington para acabar com o avanço francês era manter o exército inimigo com fome. Assim, sempre que o exército britânico avançava, toda a comida que pudesse ficar para trás deveria ser destruída. Um pouco de economia básica nos diz que se algo não está disponível no mercado, mas a demanda continua alta, o preço sobe. E quando o produto é algo tão necessário quanto comida, não é de se admirar que o preço tenha subido o suficiente para alguns homens mais gananciosos arriscarem traição para enriquecer.
Mas não é essa a trama deste livro. É assim que Sharpe faz mais alguns inimigos, ao obedecer às ordens do duque de Wellington, ele impede a venda de alimentos aos franceses e se vê inimigo de pessoas bastante poderosas. E é delas que ele deve fugir.
Para quem nunca leu os livros dessa série, a palavra no título sempre faz referência a algum momento do livro. Nesse caso, é a fuga de Sharpe, escapando de seus inimigos e dos franceses. No exército britânico daquela época, patentes eram bens comprados, e quase nunca realmente merecidos. Sharpe era uma grande exceção à regra e tenta, mais uma vez, provar que mereceu todas as promoções que conquistou sem a ajuda de dinheiro.
Como todo livro do Cornwell, pode-se esperar por descrições inacreditáveis de batalhas, artimanhas militares e sensações de um soldado. Também pode-se contar com mulheres aparecendo para tentar Sharpe e, finalmente, com a presença de seu fiel companheiro Patrick Harper. E, com toda certeza, pode-se começar a leitura esperando uma história deliciosa de se ler, com um ritmo acelerado, que faz o coração bater na mesma intensidade que o desejo de virar a página.
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