Quando fiquei sabendo que a Giovanna Fletcher (esposa do Tom Fletcher – guitarrista e vocalista do grupo McFly) iria lançar um livro, como boa fã do grupo fiquei curiosa para conferir sua obra, ainda mais depois de descobrir que o livro prometia uma história que bem poderia ser a história dela e do Tom. Já aviso de antemão às fãs de carteirinha que não, não é a história dos dois. Influenciada por sua experiência enquanto namorada de um superstar (inspiração que ela não nega), Giovanna deu vida à história de Sophie, uma garota tímida do interior, que se apaixona por um astro de Hollywood e de repente tem sua vida esmiuçada sob a luz dos refletores. O livro foi publicado no dia 23 de maio pela Penguin e ainda não há previsão de quando (ou se) será lançado no Brasil.
Sophie May era uma criança extrovertida que em algum ponto da adolescência se tornou tímida ao extremo, preferindo a companhia dos livros e fugindo de qualquer interação mais profunda com qualquer pessoa. Como isso pode acontecer com alguém que no primário vivia cercada de amigos e fazia de tudo para ser o centro das atenções? Os ataques de pânico e a timidez exagerada tomaram lugar na vida de Sophie quando ela tinha onze anos, após um acontecimento que a marcou para sempre. De menina cheia de planos para o futuro, de repente Sophie decidiu tirar 1 ano após terminar o colegial para “pensar na vida”, decidiu permanecer no vilarejo de Rosefont Hill na área rural de Kent e acabou indo trabalhar na loja de chás de Molly, uma senhora de 60 anos. Um ano, virou dois, três, quatro, e oito anos depois Sophie está contente de estar às voltas com chás, cupcakes e muffins, ainda que atender os clientes não seja uma de suas atividades favoritas. Mas, seu mundo está para ser abalado. Tudo porque Rosefont Hill servirá de locação para a produção de um filme. A produção? Orgulho e Preconceito. A notícia põe em polvorosa a pequena comunidade e a discussão de quem será o Mr. Darcy torna-se o tema de conversas dos adolescentes e dos moradores mais idosos. O que Sophie não poderia imaginar, é que esse Darcy tem nome e sobrenome e ele (Billy Buskin) viria para agitar sua vida. Sophie só não contava com algo inerente a namorar um superstar, a atenção de imprensa… e quando sua vida privada é invadida e sua vida escancarada, a sensação não é nem um pouco agradável, principalmente com os comentários desprezíveis e as críticas de alguns “fãs”.
“It would be fair to say that we’ve been living in a bubble…
a wonderful, shiny, bouncy bubble full of romance and sickly affection.
But as everyone knows, bubbles inevitably do one thing – burst!”
O romance está dividido em quatro partes. Na primeira conhecemos Sophie, os frequentadores peculiares da loja de chá, Molly, sua mãe e o início do relacionamento com Billy. Na segunda parte, Billy e Sophie assumem o relacionamento e vão morar em Londres, a imprensa começa a fazer parte dessa relação, mas mais problemática que ela é a terceira pessoa desse relacionamento, Paul o agente de Billy que faz de tudo para melar essa relação. E aqui gostaria de frisar que senti falta do plot Paul versus Sophie não ter sido melhor aproveitado, digo, ele não teve fim. Rolava uma antipatia, um jogo injusto por parte de Paul, mas não houve resolução, um confrontamento sequer, senti falta disso. E as duas últimas partes são as mais emblemáticas, porque trazem Sophie e Billy tendo que aprender a contornar as dificuldades para seguir com a relação e, o que mais torci para que acontecesse logo, o acordar de Sophie para a vida. E bem, demorou, mas a Sophie se encontrou, no fim, talvez mais do que discorrer sobre relacionamentos sob o crivo da mídia e do público, Billy and Me seja sobre a jornada de Sophie para se reencontrar. Talvez não em sua totalidade com a criança expansiva que fora, mas pelo menos quebrando a couraça cinzenta que a impediu de crescer por anos. E, nesse sentido, Molly foi uma ótima escolha de personagem para lhe ajudar. Mais do que por Sophie ou Billy, me encantei por Molly com seu pequeno pendor para as fofocas e com seus diálogos marcantes e pela Tea-on-the-Hill uma loja de chás que adoraria conhecer.

Fonte: Blog Elsbro
“Molly had told Peter that this place heals hearts.
Well, I know it does. So for that reason I know it can’t stay closed for much longer;
people need it in their lives. Now more than ever.”
Giovanna soube dar vida a personagens cativantes e criou uma boa história sobre família e sobre os relacionamentos na mira da imprensa (com conhecimento de causa no assunto, o tema não foi tratado de forma superficial, mas não tão detalhado que pudesse se tornar cansativo). Alguns plots podiam (mereciam) ter sido mais explorados e algumas partes suprimidas, mas no contexto geral foi uma boa história. Teve drama e humor na medida certa e o fato de não ter conseguido passar incólume aos sentimentos dos personagens é uma boa medida de que a história cumpriu seu papel. Billy and Me marca o début de Giovanna no mundo literário e me deixou com vontade de acompanhar seus próximos trabalhos.
Leia um trecho de Billy and Me. Clique Aqui.
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