Vendredi ou la vie sauvage – Michel Tournier

Vendredioulaviesauvage

Desde setembro de 2011, eu venho estudando francês – e com tanta dedicação que às vezes esqueço do blog (shame on me). Mas tudo isso gerou bons frutos: estou na turma avançada e consegui dois diplomas de proficiência (dos níveis A2 e B1 do Quadro Europeu de Referência). Nas aulas, a professora escolhe um livro para trabalharmos naquele semestre. E o do semestre que passou foi Vendredi ou la vie sauvage, de Michel Tournier, do qual vou falar hoje.

Vendredi ou la vie sauvage, ou “Sexta-feira ou a vida selvagem” é uma releitura do clássico Robinson Crusoe, de Daniel Defoe. No entanto, enquanto o original narra diversas histórias da vida conturbada de Robinson, esta versão se foca na aventura vivida pela personagem enquanto ficou em uma ilha deserta.

O livro começa com a viagem de Robinson no Virgínia, que fazia o trajeto final do percurso até o Chile, onde Robinson pretendia fazer acordos comerciais. No entanto, uma tempestade feroz sacode o navio matando todos menos Robinson e Tenn, seu cachorro. Os dois acordam numa praia na manhã seguinte, com a visão do barco destroçado. Desolado, Robinson passa seus primeiros momentos na ilha apenas sobrevivendo e esperando que um navio apareça para salvá-lo.

Apenas quando sofre uma alucinação é que Robinson percebe que tem que agir para não morrer sentado esperando o navio chegar. Então, ele começa a civilizar a ilha, transformando-a, da melhor maneira que pode, em uma pequena cidade européia. Certo dia, ele se depara com índios chegando na ilha para executar (e comer) um prisioneiro. Quando o prisioneiro foge floresta adentro bem na direção onde Robinson está, ele acaba matando um dos índios e salvando o prisioneiro, a quem ele dá o nome de Vendredi (Sexta-feira), porque é esse o dia da semana em que os dois se conheceram. Os dois começam a viver juntos, um ensinando ao outro.

Michel Tournier transforma a história e personagens do século XVIII em um livro mais humano e menos “aventura pirata pelos sete mares”. O Robinson novo é mais “certinho” do que o de Daniel Defoe, o qual se lança ao mar contra a vontade (e a benção) dos pais para viver aventuras inacreditáveis. Este Sexta-feira é menos fiel a seu patrão e amigo. A história deste livro é diferente da original em diversos pontos.

O livro é muito gostoso de ler, rápido, e tem um final chocante, então não descarte a leitura de “Sexta-feira ou a vida selvagem” só porque já leu Robinson Crusoe!

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