Bruxos e Bruxas (James Patterson & Gabrielle Charbonnet)

Bruxos-e-Bruxas-capa

A sociedade agora é comandada pela Nova Ordem e seu Conselho dos Únicos. O Único no Comando, O Único que Julga… O Único que é O Único. Uma nova ordem política que acredita que todos os menores de 18 anos são naturalmente suspeitos de conspiração, principalmente se apresentarem dons inexplicáveis. Não é à toa que do dia para noite, adolescentes começaram a desaparecer, milhares de jovens, acusados de rebelião foram tirados de suas casas, presos e alguns executados.

Os irmãos Allgood – Whit e Wisty – também tiveram o mesmo destino. Na calada da noite, foram acusados de bruxaria e atirados na prisão. Whit o irmão mais velho é o jogador mais intimidante do time de futebol da escola no qual é quarterback, é considerado pelas garotas o cara mais lindo do mundo, mas é um destrambelhado fora dos campos. Wisty é a garota problemática. A garota respira problemas e coleciona detenções. Dois adolescentes aparentemente comuns (uma versão bem estereotipada dos adolescentes americanos), mas que após serem capturados se veem tendo que lidar com estranhos poderes e com uma profecia sobre dois jovens bruxos destinados a salvar o mundo das garras da Nova Ordem, uma profecia na qual os dois são protagonistas.

O marketing feito pela Novo Conceito durante a divulgação de Bruxos e Bruxas foi ótimo, ouso dizer que foi a melhor parte de tudo relacionado ao livro, além da capa que é muito bonita. A história é legalzinha, mas não é isso tudo que andaram alardeando por aí. Com todo o sucesso dos romances policiais do Patterson (que ainda não desisti de conferir), esperava uma história mais cativante e envolvente, que prendesse a atenção do leitor desde o início. Infelizmente, não foi isso que ocorreu. Aos protagonistas faltou um pouco mais de carisma, uma maior profundidade em suas características, algo que os aproximasse e permitisse uma identificação por parte do leitor. À história faltou completude. A escolha de dedicar ínfimos capítulos aos protagonistas (a narrativa do livro é compartilhada por Whit e Wisty e os capítulos, que beiram o exagero em quantidade, são bem curtos, cerca de uma página por capítulo/narrador), longe de dinamizar a leitura, tornou a narrativa fragmentada e pouco envolvente, apesar das poucas páginas, foi difícil engrenar na leitura.

Além dos capítulos curtos, também não gostei do estilo narrativo adotado pelos autores. Não existe no livro marcadores textuais que possam ser identificados com o narrador da vez. Não importa se é Whit ou Wisty quem está nos contando a história, no fim parece ser a mesma pessoa tamanha a uniformidade. Cadê a Wisty esquentadinha e revolucionária e o Whit conciliador? Talvez esse problema tivesse sido menos evidente se cada autor tivesse se incumbido de um personagem, mas levando em consideração que Patterson não divide a autoria dos demais livros com Charbonnet duvido que tenham seguido essa tática. Aliás, o que são aquelas referências bem tosquinhas à Percy Jackson, Crepúsculo, Harry Potter e outros artistas. E digo toscas porque apesar de ficar claro à que estão se referindo, os nomes foram modificados, não sei se por causa de direitos autorais (o que duvido muito) ou apenas para melindrar (muito mais provável), e não acho que foi uma boa ideia. Não quando se quer angariar leitores e fãs. Enfim, apesar de gostar da temática proposta e de bruxos, após esta leitura, decidi abdicar dos romances juvenis do Patterson (por enquanto) e tentar conhecer o autor por seus outros trabalhos.

Conheça a série Bruxos e Bruxas (Witch & Wizard):

  1. Bruxos e Bruxas [Goodreads][Skoob]
  2. The Gift (com Ned Rust) [Goodreads][Skoob]
  3. The Fire (com Jill Dembowski) [Goodreads [Skoob]
  4. The Kiss (com Jill Dembowski) [Goodreads]
  5. Sem título

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6 Comentários

Arquivado em Editora Novo Conceito, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

6 Respostas para “Bruxos e Bruxas (James Patterson & Gabrielle Charbonnet)

  1. Ei Núbia,

    Li esta semana, achei fraco demais. Achei até ruim de tanto que é mal feito, pegaram uma ideia até legal, – embora esteja batida, mas não souberam desenvolver nada. A impressão que dá é que publicaram logo, mesmo sem estar finalizado. Os personagens são sem graça, vc não consegue mesmo se identificar com eles. Eu até pretendo ler o 2 quando lançar, mas muito meia boca rs.
    A única vantagem é que eu já tinha lido tanta resenha negativa, que nem esperava muita coisa mais. 😛
    bjs

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