Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do segundo livro da Trilogia do Reino. Por isso, pode conter spoilers, revelando parte do conteúdo do livro anterior. Para saber o que eu achei dele, confira links no final desta resenha.
“Foi como se tudo que se relacionasse a Sage voltasse até mim no instante em que vesti suas roupas. Inclusive o instinto de enganar quando pudesse e mentir quando necessário. E também a sensação de que, não importava o quanto tentasse, eu jamais seria melhor que um rato de esgoto. pág. 70”
No final do livro anterior nos despedimos de Sage depois que sua verdadeira identidade nos é revelada. Há um mês, Jaron é o novo rei de Carthya, porém, os cartinianos não acham que ele seja a melhor escolha para ser rei, porém isso pouco importa ao rapaz, sua maior preocupação é convencer seus regentes a ajudá-lo preparar Carthya para uma guerra que ele tem certeza que se aproxima. Ele só não esperava que as ameaças chegassem tão cedo e que seriam direcionadas primariamente à sua pessoa. Os piratas que tentaram mata-lo há tanto tempo estão de volta e exigem sua rendição ou Carthya será destruída. E agora Jaron precisará enfrentar seu passado para garantir que seu reino possa ter um futuro. É preciso ser Sage novamente e se aventurar nas terras do inimigo. E é claro que em meio a isso tudo, amigos transformam-se em inimigos, inimigos em amigos e a tarefa de descobrir em quem se pode confiar fica cada vez mais árdua.
O primeiro livro da trilogia é marcado pelo redescobrimento de Sage como Jaron. Agora no segundo, temos a sua autoafirmação como Rei, não apenas por direito de nascimento, mas também e acima de tudo pelo desejo do povo de Carthya. Nielsen molda seu protagonista sob nossos olhos, explora suas fraquezas, seus defeitos e seus medos sob o nosso crivo, mas também não esquece de mostrar todo o processo de amadurecimento sofrido pelo personagem e que no final das contas o tornou uma pessoa muito melhor. Por não ser uma personagem estática e transitar muito bem entre a linha tênue separando mocinhos e vilões, Jaron ganha muito mais profundidade. Ele não apenas pode ser mocinho ingênuo que acredita em tudo e todos, como também o malandro capaz de ter planos audaciosos para derrotar aqueles que estão colocando seu reino em risco. E, uau, como ficar incólume a um personagem assim?
Assim como no livro anterior, a história de Nielsen continua repleta de reviravoltas, personagens interessantes e muitas lutas e batalhas e assim como no livro anterior é claro que a história não poderia terminar de forma diferente: passamos do amor ao ódio e depois ao amor novamente por alguns personagens, ficamos desiludidos com a quebra de algumas relações, alegres pelo estabelecimento de outras e com a respiração em suspenso com a conclusão desse volume que prepara o terreno para uma conclusão de tirar o fôlego. Agora só nos resta ficar na torcida para que a Verus não demore muito para publicar The Shadow Throne no Brasil e que Nielsen continue nos presenteando com outras boas histórias.
Conheça a Trilogia do Reino (The Ascendance Trilogy):
- O Falso Príncipe [Goodreads][Skoob][Resenha]
- O Rei Fugitivo [Goodreads][Skoob]
- The Shadow Throne [Goodreads][Skoob]
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