O Código do Apocalipse – Adam Blake

A vida de Heather Kennedy estava fora do eixo: seu último emprego não teve o fim que pretendia, e sua vida amorosa estava mais do que problemática. Então, quando um velho amigo a convoca para ajudar com uma investigação, ela não tem muitos motivos para negar.

Seu amigo, Emil Gassan, é o novo responsável pelo acervo armazenado do Museu Britânico, que foi invadido. Aparentemente nada foi roubado, o que torna a invasão ainda mais preocupante aos olhos de Emil, que usa o passado de policial de Kennedy para descobrir o motivo da invasão. Com a ajuda do estagiário da segurança, Ben Rush, Heather descobre que o invasor estava atrás de um livro escrito três séculos antes, e que seu objetivo era destruí-lo. Após estudar a cena do crime, a dupla encontra o invasor e Kennedy percebe um sinal que denuncia que ele é um membro de uma sociedade secreta devotada a Judas, mas antes que ela possa prendê-lo para tentar descobrir mais, ele se mata.

O caso parece resolvido, mas um atentado à vida de Kennedy a deixa alerta ao fato de que não era para ela saber da existência dos homens da seita. Ela decide entrar em contato com Leo Tillman, a pessoa com quem tinha aprendido sobre a seita três anos antes, e junto de Ben e uma ajuda inesperada, eles partem em busca do homem responsável por todo aquele caos. O que nenhum deles esperava era que o quebra-cabeças os levasse a um plano para induzir o apocalipse.

Logo de cara, o livro me fez pensar no Dan Brown. É o mesmo estilo de livro, aquele thriller no qual os heróis correm atrás de pistas escondidas em alguma obra (neste caso, um livro) para tentar impedir os bandidos de fazer algo que tem o potencial de destruir o mundo. A principal diferença é que Adam Blake inventou o livro e seu autor, enquanto que Dan Brown prefere sempre obras que existem de verdade. Esse gênero de livro, ao meu ver, acaba sempre sendo meio cansativo, porque como o objetivo dos “caras do mal” é destruir o mundo, fica meio difícil o autor poder imaginar um final que não seja a vitória dos “mocinhos”.

Um ponto positivo da narrativa são as mulheres: Heather e Diema não são mocinhas esperando que o herói as salve, elas são bem capazes de se virar sozinhas, e o fazem mais do que algumas vezes. Somente uma personagem, Ben, não tem o treinamento necessário para sempre se safar sem a ajuda dos amigos, mas ele mostra ter valor em muitos outros momentos durante a história.

Eu não li o primeiro livro da série, Os Manuscritos do Mar Morto, então não sabia exatamente a aventura anterior de Heather e Leo, mas o autor deu explicações o suficiente durante a história para eu não me sentir tão perdida. Infelizmente, ele não deixou buracos o suficiente para eu ficar curiosa e desejar procurar o primeiro para ler, tampouco me deixou curiosa para saber o que vai acontecer no próximo. Tenho minhas dúvidas se a seita que o autor criou consegue alimentar ainda mais um livro. Normalmente, eu “devoro” thrillers, mas este foi mais difícil de ler. Devo admitir que esta não foi a melhor leitura do ano (e isso pode ser porque eu estou saturada do gênero), mas tenho certeza de que o livro encontrará leitores mais entusiasmados que eu.

 

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