A Casa de Hades (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do quarto livro da série Os Heróis do Olimpo e pode haver spoilers dos livros anteriores. Para saber o que eu achei dos outros livros veja os links no final desta resenha.

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“Ao vê-los reunidos no Tártaro, Percy se sentiu tão desamparado quanto as almas no Rio Cócito. E daí que era um herói? E daí que realizara feitos corajosos? O mal sempre estava presente; regenerando-se, fervilhando sob a superfície. Percy não passava de um pequeno estorvo para aqueles seres imortais. Eles só precisavam esperar.” Página 373.

A Casa de Hades é o penúltimo livro da série Os Heróis do Olimpo e fazendo jus ao papel que carrega, ele traz toda a carga dramática inerente a uma aventura que está cada vez mais difícil e na qual os níveis de esperança estão cada vez mais baixos. Após os eventos derradeiros do livro anterior, não dava para esperar outra coisa. Os semideuses já sabiam que chegar às Portas da Morte seria uma tarefa hercúlea, mas não contava que a jornada para dois deles fosse ser mais árdua e um tanto quanto impossível, afinal, atravessar o Tártaro e atingir as Portas da Morte pelo outro lado é uma tarefa que extrai até a última gota de esperança de Annabeth e Percy. É desesperador, sombrio e doloroso. Mas, aqui do outro lado as coisas não estão muito melhores. Os ânimos dos outros semideuses estão abalados pela separação dos dois amigos, as forças de Gaia transformam-se em empecilhos cada vez mais maiores, e todos, sem exceção, são obrigados a enfrentar seus monstros no armário e provarem-se como merecedores dessa missão, não para os outros, mas para si mesmos.

Depois do final angustiante do livro anterior, é bom encerrar de forma eletrizante A Casa de Hades, porém, com um sentimento de missão cumprida (ainda que parcialmente). Neste quarto volume, finalmente Riordan utiliza todo o potencial de seus semideuses em conjunto. Não é mais uma missão de Jason, Piper e Leo (auxiliados por Annabeth), ou de Percy, Hazel e Frank, nem uma missão em que todos estão envolvidos, porém o interlocutor é majoritariamente grego. Desta vez, gregos e romanos tiveram voz e papeis fundamentais no desenrolar da história. E, até mesmo Nico, uma figura sempre misteriosa, e que não teve seu próprio POV, revelou-se perante nossos olhos.

E caramba, provavelmente Annabeth e Percy figurarão durante um bom tempo entre os meus personagens favoritos, em ambas as séries. Isso é compreensível até mesmo por eles serem os personagens mais antigos. Mas, é impossível negar o quão empático Riordan conseguiu deixar o pequeno Leo. Todos os outros novos semideuses ficam apagados perante ele. O garoto desengonçado, elétrico e temeroso do início, ganhou um tom humorado (que muitas vezes beira o sarcástico) potencializado a cada livro, e cresceu perante nossos olhos. Se no livro anterior Leo já havia deitado e rolado, neste ele não decepciona. E a reunião dele com Calipso, foi a cereja do bolo. Mal vejo a hora de saber como essa história terminará. Em Atenas, em Long Island, em São Francisco, em Egígio…

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1 comentário

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