Se Eu Ficar + Para Onde Ela Foi (Gayle Forman)

Já fazem bem uns três anos a primeira vez que li Se Eu Ficar da Gayle Forman. Inclusive, já tem resenha dele aqui no blog [confira aqui]. Mas, quando fiquei sabendo que o filme finalmente seria lançado e que a Novo Conceito iria publicar uma nova edição no Brasil, sabia que teria que conferir. Então, esta resenha é um pouco diferente porque como já havia resenhado Se Eu Ficar, não fazia sentido escrever uma nova resenha, mas ao mesmo tempo não podia me privar de tecer comentários sobre a nova edição e a experiência de releitura. Assim, decidi fazer uma resenha dupla e falar de Se Eu Ficar e sua continuação Para Onde Ela Foi.

Já aviso que não irei me delongar em discorrer sobre a trama de Seu Eu Ficar, para mais detalhes confira a resenha antiga no link acima.

se eu ficar

Sinopse: Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera… e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

A nova edição da Novo Conceito foi publicada quase que simultaneamente ao lançamento do filme, e todo o trabalho de editoração e divulgação da obra pautou-se sobre este fato. Desde a capa, que confesso que apesar de não curtir capas de filmes, gostei muito, até a inclusão de transcrições de conversas entre Gayle e os atores que interpretaram os protagonistas, no final do livro. O trabalho gráfico interno ficou muito bonito, e tirando alguns errinhos de concordância, a tradução da Amanda Moura ficou muito boa e nada aquém da edição já publicada anteriormente.

No mais, reler Se Eu Ficar me relembrou como uma história tão simples e com grandes chances de acabar caindo na pieguice, na verdade se fortalece na mensagem que é passada e emociona muito. O livro é curto. O drama de Mia é narrado em 24 horas, mas são horas que mesmo repletas de desalento e tragédia, trazem também toneladas de lembranças de bons momentos vividos por ela e sua família. Sim, o romance entre Mia e Adam ocupa boa parte das páginas, mas mais que isso há o amor familiar, a amizade e o apoio nas horas de adversidade. Talvez resida aí a beleza da história de Gayle, ter conseguido dosar todas as vertentes da vida da protagonista e ter conseguido dar a cada uma um papel a desempenhar nessa hora de escolha, quer sejam a avó e Kim e seus tagarelar confortadores; Willow e sua energia inesgotável; Adam e todo seu amor juvenil; ou seu avô e toda sua abnegação. É impossível passar incólume a tantos sentimentos à flor da pele.

O bom foi que a NC praticamente emendou a publicação de Se Eu Ficar com sua continuação Para Onde Ela Foi e não deixou os leitores a ver navios. Ainda que Se Eu Ficar possa funcionar como obra única, enxergo ambos como uma obra só, afinal, é só no segundo livro que algumas perguntas serão respondidas sobre o que aconteceu após a escolha de Mia.

 para onde ela foi

“Não foi o que eu disse a ela? Não fiquei sobre o seu corpo e prometi que eu faria qualquer coisa se ela ficasse, mesmo que isso significasse deixá-la ir? O fato de ela estar em coma quando eu disse isso, de não ter acordado por mais três dias, de nenhum de nós ter mencionado o que eu havia dito, parecia quase irrelevante. Eu mesmo provoquei essa situação.” Página 98.

Em Se Eu Ficar, Mia tece que fazer sua escolha mais difícil. Adam foi a âncora responsável por fazê-la ficar, entretanto, o destino acabou separando-os. Depois de três anos separados, Mia é um talento musical em ascensão na Juilliard e Adam é o típico astro do rock de Los Angeles, com direito a notícias nos tabloides e uma namorada celebridade. Talvez eles nunca mais fossem se reencontrar, talvez Adam nunca obtivesse as respostas para as dúvidas que lhe atormentaram durante esses três anos… Mas, quando Adam se vê sozinho em Nova York, o acaso reúne o casal mais uma vez. Por uma noite. É chegada a hora de encarar algumas verdades, entender algumas escolhas e quem sabe sonhar com um futuro.

Desta vez é Adam o responsável por contar a história. Novamente Gayle reservou 24 horas. Vinte e quatro horas divididas entre o encontro presente de Mia e Adam, os flashbacks deste depois que Mia foi embora e alguns momentos do relacionamento dos dois no passado.

Assim como Adam e Mia complementam um ao outro, Se Eu Ficar e Para Onde Ela Foi são melhores juntos. Se Eu Ficar é um livro emocionante sozinho, mas se torna muito mais completo e catártico com sua contraparte. Ler um após o outro é uma experiência bem interessante. Para Onde Ela Foi é de leitura tão rápida quanto seu antecessor, e isso se deve em grande parte à narrativa fluída de Gayle. O fato de boa parte da trama acontecer entremeada em música, é um adendo que torna a leitura ainda mais agradável. Entre os dois não consigo decidir entre o melhor, talvez pelo fato de não conseguir enxergá-los separadamente. Mas se a escolha fosse impreterível, talvez Para Onde Ela Foi acabasse levando a vantagem, porque por mais que seja dramático, tem muito romance e o sentimento de esperança é mais pungente.

Enfim, se você gosta de um bom drama, ama música e tem uma queda por romances, as chances de você se apaixonar pela história de Adam e Mia são altas.

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