A última vez que falei de um dorama aqui no blog foi em 2013! É, muito tempo já se passou e já tem outro tanto de tempo que não vejo minhas tão queridas produções. Mas, aos poucos vou tentar retornar as postagens sobre doramas e tentar retomar o hábito de assisti-los. A Karlinha já me sugeriu um dorama coreano que parece ter uma história bem legal. Quem sabe não será com ele que retornarei a esse mundo maravilhoso?
E, para tentar retomar as postagens aqui no blog, escreverei sobre um dorama histórico que gostei muito, pelo menos do decorrer da história, ainda que tenha tido minhas ressalvas quanto o final. Mas, tirando isso, Bridal Mask ou Gaksital tem todos os elementos que tornam um dorama histórico bom: política, traições, revoluções, um herói mascarado e romance, ainda que este último nem sempre seja o enfoque. Aliás, uma das coisas que aprendi vendo doramas históricos (que não são românticos em sua essência) é não me apegar aos casais, nem sempre eles terminam juntos e algumas vezes a separação deles é de quebrar o coração. Mas, voltando a história…
- Título: Bridal Mask
- Também conhecido como: Gaksital, 각시탈
- Gênero: político, histórico
- Episódios: 28
- Período em que foi ao ar: 30/maio/2012 a 06/setembro/2012
- Rede de televisão: KBS2
- Diretores: Yun Seong-Sik, Cha Young-Hoon
- Roteiristas: Huh Young-Man (mangá) e Yoo Hyun-Mi
O dorama baseia no mangá homônimo escrito porYoung-Man, publicado em 1974 e a história se passa na década de 30, quando a Coreia estava sob o domínio japonês.
O pontapé inicial para a trama de Hyun-Mi é o evento fúnebre de Lee Goong, o líder coreano que entregou seu país nas mãos dos japoneses. A sociedade é mantida à rédea curta, o “respeito” ao líder morto é conseguido na base de chicotadas e ameaças e não demora para que um levante seja incitado por uma garota, que é capturada, mas logo depois salva por um herói mascarado: Gaksital. É a gota d’água para colocar toda a força policial em seu encalço, estabelecer relacionamentos, desvendar histórias antigas, transformar amigos em inimigos e promover a redenção de um personagem. Se eu fosse discorrer sobre a trama, tiraria boa parte da surpresa e do drama inerente às descobertas. Então, para lhes dar um vislumbre da trama, sem incorrer em revelações bombásticas acho que será melhor apenas apresentar alguns personagens:
Lee Kang To (Joo Won) é tenente da polícia e acabou de receber uma condecoração por ter capturado Mok Dam Sa Ri (Jeon No-Min), considerado um inimigo do estado por ser um dos líderes do movimento de luta pela independência. Kang To se acha o tal, um dos melhores da força policial. É adepto da boa vida, mas não percebe que escolheu o lado errado e que, por causa disso, está destinado a ser um pária em todos os círculos. Sua mãe o rejeita e não aceita seu dinheiro, preferindo viver na miséria, por ele trabalhar para o inimigo. O inimigo que deixou seu filho mais velho com problemas mentais (ele também participava do movimento pela independência). Pelo outro lado, Kang To não é visto com bons olhos por seus comandantes e ao começar a esbarrar em segredos políticos entra na mira de alguns líderes que passam a tramar sua morte. A ideia é fazer todos acreditarem que Gaksital o matou, mas, quando o plano dá errado, todos passam a achar que Kang To está trabalhando junto com o mascarado. Mais do que nunca Kang To sente que precisa se provar e começa uma busca desenfreada e desesperada pelo mascarado. Uma busca que muitas vezes irá colocá-lo do lado errado, irá lhe causar perdas irreparáveis e será catártica para sua redenção, de traidor de seu povo a alguém que passará a lutar por ele.
Kimura Shunji (Park Ki Woong) é japonês, amigo de Kang To e filho de Kimura Tano (Cheon Ho Jin), o principal rival do amigo. Apesar de sua origem, ele sempre teve carinho pelo povo coreano, lecionando em uma escola local e ajudando-os como pode. Por este motivo, é renegado por seu pai. Nutre interesse por Mok Dan e ao longo da história terá sua confiança abalada, o que provocará mudanças em sua forma de ver as ações políticas do pai e dos japoneses na Coreia. A ideia era que o personagem funcionasse como um dos vértices do triângulo amoroso da história, mas o personagem acaba tendo muito mais importância e nos provoca os sentimentos mais conflitantes ao longo da trama.
Mok Dan, Boon Yi, Esther (Jin Se Yeon) é filha de Dam Sa Ri e tem um passado tanto com Shunji quanto com Kang Ti, tendo convivido com ambos na infância. Seu pai foi sentenciado à morte depois de ser capturado por Kang To, mas acabou sendo salvo por Gaksital e desde então está foragido. Ela foi a garota que provocou o levante no evento fúnebre e por isso começou a ser procurada pela polícia, sendo inclusive muitas vezes, utilizada como isca por Kang To para capturar o mascarado. Ela será a responsável por colocar o pai em contato com o mascarado e terá participação primordial nos levantes e planos do movimento pela independência.
Gaksital (?) é um herói nacional. Luta contra as injustiças perpetradas pelos japoneses contra os coreanos e ninguém sabe sua identidade. Por representar um símbolo de liberdade, é considerado o inimigo número 1 do estado, que não poupa esforços para capturá-lo. Ao longo da história, mais de uma pessoa usará essa máscara.
Além desses personagens, outros acabam tendo tanto destaque quanto eles ao longo da história. Quer sejam os personagens do circo onde Mok Dan vive, que ao seu modo tentam manter os vilões afastados. Kimura Tano, Kimura Kenji e Goizo que realmente sabem nos inspirar raiva. Além de todos os outros personagens menores que vão nos revelando detalhes de uma conspiração política mais profunda e letal do que imaginamos inicialmente.
Todas essas tramoias, traições e desejos de vingança, acabam culminando em um final dramático. Um que ainda não consegui decidir se gostei realmente. No geral, não costumo ter problemas com finais tristes ou que fogem do tradicional felizes para sempre. Mas sério, nesse caso rolou uma revolta que foi impossível controlar. Tanto é que levei bem mais do que a uma hora de duração do episódio para vê-lo. Algumas escolhas do roteirista, foram bem difíceis de engolir. Em contrapartida, a cena final não poderia ter sido melhor escolhida.
Vale a pena mencionar:
- A cena final do drama faz referência ao Gwangbok ou Dia da Libertação Nacional. No dia 15 de agosto de 1945 a Coreia conquistou sua independência e três anos depois foi criada a República da Coreia. A data é comemorada com festas, cerimônias e desfiles por todo o país.
Para conferir:
Fontes:
http://www.kbs.co.kr/drama/gaksital/
https://www.facebook.com/BridalMaskKBS
http://asianwiki.com/Bridal_Mask_-_Korean_Drama
http://en.wikipedia.org/wiki/Bridal_Mask
http://brazilkorea.com.br/?p=3340
http://www.google.com/doodles/?q=south%20korea%20liberation%20day
Nossa, Núbia, fazia muito tempo que não lia um post seu sobre dorama. Fico feliz que tenha conseguido voltar a assistir. Eu tenho visto com menos pressa, antes engolia tudo em poucos dias, mas agora estou indo com calma (apesar de que as vezes bate aquela ansiedade e a gente não consegue parar onde se prometeu que faria, rs).
Sobre Bridal Mask: Assisti esse dorama por indicação da Alay que era muito fã dele na época (não sei se ainda é um dos preferidos dela). Confesso que não tinha grandes expectativas, mas comecei a assistir e quando vi já tinha terminado.
Preciso dizer que a protagonista me dava nos nervos. Ela é linda e fofa, mas dava uma raiva tão grande dela, não conseguir me conectar muito com a personagem, não conseguia realmente torcer por ela. Já o protagonista era esperto, mas se mostrava bastante inocente as vezes. Gostei do crescimento e desenvolvimento dele.
Gostei bastante da história, o enredo é do tipo que me agrada e adoro a sensação de amar, odiar e ter sentimentos conflitantes por personagens; e nesse dorama não ha como não ter esse tipo de resposta. Ressalva apenas para alguns acontecimentos.
Quanto ao final, gostei bastante e não esperava nada muito diferente e fico feliz que não tenha sido a mesma situação com outro resultado (não sei se me entende, mas não quero das spoilers). No geral eu acho que foi um bom dorama e acho que valeu a pena assistir.
Sorry, uma redação para um tipo de postagem sua que há muito não via.
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Oi Pri, tudo bem?
Ah, ainda não consegui voltar de vez a ver dramas, primeiro estou escrevendo sobre os que vi há algum tempo já e não tinha falado deles por aqui. Mas quero muito voltar a ver, não acho que vá funcionar as loucas maratonas de fim de semana que eu fazia, talvez eu tenha que passar a ver dramas como vejo as minhas séries, aos poucos. Quem sabe assim eu consiga acompanhá-los com um pouco mais de periodicidade. Mas entendo perfeitamente quando você diz que às vezes bate a vontade louca de ver tudo de uma vez e ver como a história vai terminar rsrs.
Ah, talvez tenha sido isso o que mais me prendeu em Bridal Mask. A mutabilidade dos personagens que uma ora são vilões, outras mocinho e que acabam tendo papeis importantes na trama em ambas as esferas. Mas quanto ao final, ainda tenho minhas ressalvas, hahaha. Mas entendo a escolha da roteirista e realmente se fosse de outra forma seria bem pior.
Obrigada pela visita, Pri. =*
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