Evening Spiker sofreu um terrível acidente e ficou entre a vida e a morte. E mesmo correndo o risco de perder uma perna e recém-saída de uma cirurgia de 14 horas, sua mãe Terra Spiker a retira do hospital para levá-la para seu instituto de pesquisa, a Spiker Biopharmaceuticals. Ali, sua recuperação segue à passos largos sob as vistas de sua mãe, dos médicos do instituto e de Solo, o garoto misterioso envolvido no seu resgate do hospital. Mas, logo, manter uma adolescente de 17 anos ocupada se torna uma tarefa difícil e Terra decide envolver Eve em um projeto de genética. O Projeto 88715. A tarefa de Eve será a de criar o garoto perfeito. E ela logo começa a brincar com sua criação acreditando que ela será apenas virtual. Será?
“Sei uma coisa ou outra sobre o Projeto 88715, e é bem maior do que uma coisinha educacional que você faz depois de se drogar.
É mais do que uma sequência brilhante de DNA em um monitor gigante.
Mais do que um brinquedo que Terra tem usado para manter Eve ocupada.
E de uma coisa eu já sei: quando Tommy e os gênios, aos sussurros, falam sobre o Projeto 88715, eles o chamam por outro nome.
Chamam de “Projeto Adam”.” página 71.
É esse o ponto de partida da história que a Katherine Applegate e o Michael Grant decidiram escrever em conjunto. Uma história que mistura romance, ciência, ficção científica, conspiração e espionagem industrial, e que rendeu um livro bem interessante.
Apesar do título dar ênfase em Eve e Adam, é Solo um dos personagens mais efetivos da trama. É por ele que conhecemos a Spiker Biopharmaceuticals: sua estrutura, os empregados, as pesquisas que são realizadas ali, os segredos que poderiam colocar Terra Spiker e sua empresa na mira das agências governamentais. É ele também que “abre os olhos” de Eve para as invenções da mãe e os impactos que isso teve e tem na vida da garota e para as implicações do Projeto 88715.
E aqui voltamos a Adam… O produto desse projeto, alardeado desde o título, demora tanto para aparecer que conforme a história passava comecei a temer que poderia acabar com um livro com um final extremamente corrido nas mãos. Felizmente, Grant e Applegate conseguiram inserir as mudanças com tempo hábil para incitar um pouco de ação, caprichar nas reviravoltas e investir no romance e no humor.
A narrativa conta com capítulos sob o ponto de vista de Eve, de Solo e capítulos de ligação, sem um narrador definido. E eles conseguiram imprimir no texto marcadores textuais bem característicos a cada personagem, ao mesmo tempo que os capítulos de ligação são bem neutros e cumprem bem seu papel. Não sei como foi o processo de escrita, se eles dividiram as vozes entre si, ou escreveram ambas conjuntamente, o que importa é que para um romance escrito à quatro mãos, a narrativa é bem uniforme e consistente ao longo de todo o livro, mostrando que a parceria deu certo. Foi meu primeiro contato com a escrita deles e fiquei bem curiosa para conferir seus trabalhos solo.
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