A Mais Pura Verdade (Dan Gemeinhart)

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Quando a Novo Conceito anunciou o lançamento de A Mais Pura Verdade, as comparações foram inevitáveis. Um livro sobre câncer e com a capa azul? Não demorou muito para compararem a obra de Gemeinhart com a de Green. Mas, já vou logo avisando: a semelhança para por aí. Antes de tudo, Mark, o protagonista, tem apenas doze anos, logo o foco aqui não é um romance, mas sim o seu relacionamento de amizade com Jessie, sua melhor amiga desde que ele se lembra. Não há reuniões, terapias em grupo ou sonhos que possam ser patrocinados por associações. O único desejo de Mark é perigoso, potencialmente mortal e nada adequado para um garoto de doze anos sofrendo com o câncer, não é à toa que sua jornada é solitária e clandestina.

“- É como se, sei lá, eu levasse um pedaço de vida comigo. Todas essas coisas acontecem, todos esses pequenos momentos passam por nós e vão embora. Então você vai embora. – Inspirei profundamente e expirei no vidro da janela. – Mas, quando você tira uma foto, aquele momento não passa. Você o prende. É seu. Você pode guardá-lo.” Página 80.

O livro traz a história de Mark. Um garoto de 12 anos, que tem um cachorro chamado Beau, uma melhor amiga chamada Jessie, gosta de fotografar e escrever haicais em seu caderno e tem o sonho de um dia escalar a maior montanha da América do Norte. Mas Mark está doente. Ele tem o tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. O tipo de doença que lhe reserva notícias desesperadoras. É por isso, que Mark decide fugir. Sair de casa apenas com seu cachorro por companhia, sua máquina fotográfica, seu caderno e caneta, remédios e equipamentos de alpinismo. Em direção ao Monte Rainier.

A narrativa principal da história é feita por Mark, em primeira pessoa. Entremeada por vislumbres do que está acontecendo em Wenatchee depois de sua partida. O sofrimento e a busca desesperada empreendida por seus pais e Jessie e os segredos e memórias compartilhados com o amigo.

Coloque um garoto doente vivendo uma aventura junto ao seu cão e é impossível passar incólume. A relação de Mark e Beau é linda e consegue nos emocionar dos pequenos gestos aos momentos de extrema dificuldade. E, enquanto Mark, com todos os percalços, persegue seu objetivo final. Jessie precisa decidir como ajudar o amigo. Entregando seu verdadeiro destino aos pais, ou o deixando atingir aquele que talvez seja seu último destino, o qual ele sonha conhecer há tempos.

Desde o início, a história de Gemeinhart promete muitos momentos dramáticos e de tensão. E essa sensação só aumenta com o avançar das páginas. E mesmo quando achamos que já estamos preparados para todas as tristes possibilidades, o autor nos mostra que a tristeza e o desespero podem ser um pouco maiores. A conclusão dessa história é de uma sensibilidade tão grande que não há como não se apaixonar por essa história. Definitivamente, a jornada do garoto e seu cachorro é emocionante, dramática e reflexiva. E rendeu um ótimo livro.

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