Este livro continua a história dos cãs dos mongóis após Gengis. Como disse na resenha do quarto livro, na questão da sucessão, se o cã deixou instruções, a nação as verá realizadas. Infelizmente, o cã morreu e não disse quem ele queria que o seguisse. Intrigas, promessa e jogos políticos coloca um dos netos de Gengis no poder como supremo cã. Mas sem o apoio de todos os primos, os príncipes da nação, será que isso dura?
A questão da sucessão é o tema central do livro, a narrativa é baseada nas reações das personagens. As conquistas territoriais também são exploradas, e dessa vez, os territórios sung e árabes são os alvos principais: Kublai é enviado ao primeiro, e seu irmão Hulegu, ao segundo. Conn Iggulden escreve de maneira que faz com que décadas transcorram em meras páginas, especialmente se ele acha que nesse tempo não ocorreu nada digno de nota. E a única indicação de que passou algum tempo é uma fala ou outra de uma personagem.
Isso torna a narrativa bastante fluida (inclusive, já vi pessoas preferindo o Conn ao Bernard Cornwell justamente por isso), mas eu sinto que perde um pouco da parte histórica do romance histórico. Não muda que eu ADOREI a leitura, mas é um ponto a ser comentado.
Outro aspecto incrível que o autor consegue expor bem nessa série foi toda a diferença cultural entre os mongóis e os povos que eles conquistaram. Por exemplo, quando o narrador de uma certa parte da série não é mongol, ele enxerga o inimigo inicialmente com desprezo, pois acha que eles são inferiores, e depois com nojo pelos diferentes hábitos de higiene. Mais tarde, quando os hábitos chineses (jin) são incorporados por alguns dos mongóis, isso cria quase que uma facção dentro dos mongóis – o autor explora isso apenas como um sub-sub-sub enredo, mas é interessante ver isso acontecendo.
Em suma, se você ainda não pegou o primeiro livro dessa série para ler e se deixar encantar, não perca mais tempo. Pegue seu airag preto e sua cópia de O Lobo das Planícies e venha descobrir como o mundo quase foi dominado pelos mongóis – e o que aconteceu para que não fosse.
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Adorei essa série! O Conn é realmente demais, para mim está no mesmo patamar do Bernard. Eu senti uma queda no quarto livro , pq sem Gengis a coisa toda não é tão impactante. Já nesse último me envolvi mais e achei acertada a decisão de terminar no ponto escolhido.
Essa questão das diferenças culturais tb me agradou bastante. É muito interessante “enxergar” através de personagens diferentes. 🙂
Bjocas
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Adorei essa série! O Conn é realmente demais, para mim está no mesmo patamar do Bernard. Eu senti uma queda no quarto livro , pq sem Gengis a coisa toda não é tão impactante. Já nesse último me envolvi mais e achei acertada a decisão de terminar no ponto escolhido.
Essa questão das diferenças culturais tb me agradou bastante. É muito interessante “enxergar” através de personagens diferentes. 🙂
Bjocas
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Concordo plenamente, Carol! Para mim, os dois são fantásticos. Eu só tenho uma paixãozinha maior pelo Cornwell porque li antes, mas só isso hahaha
Sem o Gengis a história foi menos interessante, mas eu gostei porque a gente ia ficar querendo saber o que diabos aconteceu depois. Eu ainda fiquei com essa vontade, ESPECIALMENTE pelo que o Conn disse no fim, de porque ele terminou onde terminou. Eu quero saber porque a gente não fala chinês e mora em iurtas hahaha
Mas sem dúvida, essa série foi fantástica. Estou animadíssima para ler a nova dele!
Bjos!
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