“- Você tem dezesseis anos agora, já é um homem. Escapou deles uma vez, na noite em que sua mãe morreu. Eles não vão deixar você escapar de novo. Essa é nossa última chance. Se não me deixar ajudá-lo, você não sobreviverá até o fim do dia. ” (Página 25)
Durante a leitura da série Os Heróis do Olimpo, muito leitores devem ter ficado com a impressão (e a esperança) de que Riordan estava preparando algo envolvendo a mitologia chinesa, mas qual não foi a surpresa quando veio a notícia de que a próxima série de livros focaria na mitologia nórdica. E ela chega com Magnus Chase, e o sobrenome não é coincidência não, Magnus é primo da nossa já querida Annabeth. E ela é claro não é esquecida e até tem suas participações na trama, as quais prometem vir a serem mais frequentes no próximo livro.
A nova série de Riordan traz todos os elementos já tão característicos do autor: a grande quantidade de personagens; uma trama estruturada em torno de uma grande missão (decorrente de uma profecia feita na hora mais imprópria); missões menores que servem de preparação para o embate final; deuses melindrosos, misteriosos e meio doidos; um lugar para reunir os heróis (já conhecíamos alguns acampamentos e uma casa no Brooklyn, agora é a vez de um hotel que é o próprio Valhala); muitas e muitas referências pop e uma boa pitada de humor. Aliás, o tom de hilaridade atinge níveis estratosféricos nessa nova série. Mas, ao mesmo tempo, ele não deixou de explorar temas mais sérios como o bullying e a rejeição familiar devido a deficiência de um dos personagens. A narrativa também lembra muito a utilizada na série do Percy Jackson, com a narrativa em primeira pessoa e apenas sob o ponto de vista de Magnus. Até mesmo os títulos estranhos e engraçados estão de volta.
Em A Espada do Verão Magnus Chase é um garoto de 16 anos (que parece o Kurt Cobain) que há dois anos mora nas ruas de Boston, desde que a mãe foi assassinada por terríveis lobos. Só agora seu tio Randolph, que mora na mesma cidade que ele, está a sua procura. E quando Magnus o confronta, ele começa a discursar sobre mitologia nórdica, o fato de Magnus ser filho de um deus e sobre a existência de uma arma há muito perdida, que pertencera ao pai do garoto. Mas é só Magnus partir em busca da tal arma (que é uma espada) e encontrá-la, para o inimigo mortal do seu pai mandá-lo para a morte e para Valhala (esta última parada com a ajuda de uma valquíria). E sua estadia lá promete ser longa, isso é claro, se o Ragnarök (o Juízo Final) não for antecipado como anseia o inimigo. Já deu para adivinhar qual será a missão do Magnus né? É isso mesmo, manter a espada de seu pai (que pasmem é uma espada falante!) a salvo e longe dos inimigos, impedir a soltura de um poderoso lobo e protelar o Ragnarök. Para isso ele contará com a ajuda de Blitzen, um anão com gosto refinado para a moda; Heartstone, um elfo surdo-mudo que se dedica à magia; e Samirah, uma valquíria (responsáveis por carregarem as almas dos mortos em atitudes heroicas para o Valhala), filha de Loki. Eventualmente alguns deuses aparecem querendo ajudar, mas acabam é atrapalhando. Que o diga Thor com sua tendência a perder armas e sua adoração pelos seriados.
A fórmula utilizada aqui pode até ser a mesma de todos os seus outros livros direcionados ao público jovem, mas funciona porque Riordan é um bom contador de histórias e faz um ótimo trabalho ao criar seus personagens. São eles a chave para garantir a empatia do leitor e rechear a história de elementos que nos fazem amá-los, odiá-los ou ambos. É assim, que acabamos mergulhando na trama despretensiosamente e acabamos curtindo cada momento da leitura. Que venham mais deuses nórdicos, gregos, romanos, egípcios, e se reclamarem, que venham chineses, japoneses, indianos e o que mais Riordan desejar.
Conheça a série Magnus Chase e os Deuses de Asgard:
- A Espada do Verão [Goodreads][Skoob]
- O Martelo de Thor (ainda não publicado, esperado para 2016)
- Sem título definido (esperado para 2017)
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