O que aconteceu com a previsibilidade? Os primeiros segundos do primeiro episódio do revival de Full House me fez achar que abri o episódio errado, mas logo ficamos sabendo que se passaram (preparem-se) 29 anos. Mas cá estamos, novamente, encarando a fachada da casa dos Tanner em São Francisco. No original, Danny (Bob Saget) se vê sozinho com três meninas para criar, e seu cunhado, Jesse (John Stamos), e melhor amigo, Joey (Dave Coulier), se mudam para a casa deles com o intuito de ajudá-lo com as meninas. O drama desta vez, é outro… Em 2016, algo semelhante aconteceu com DJ (Candace Cameron Bure), a filha mais velha de Danny, mãe de três meninos e obrigada a cuidar deles sozinha.
Quando a família ouve um desabafo emocionante de DJ, Danny, Joey, Jesse e Becky (Lori Loughlin) decidem colocar seus planos em pausa para ajudá-la. É quando Stephanie (Jodie Sweetin), a irmã do meio, e Kimmy (Andrea Barber), a melhor amiga de DJ, interrompem o gesto deles e decidem que elas é que devem ajudar DJ nessa nova fase. E assim começa Fuller House, ou “casa ainda mais cheia” – também é o sobrenome novo de DJ.
Uma das maiores polêmicas (nas redes sociais e nos tablóides) envolvendo esta série é a ausência das gêmeas Olsen, que fizeram o papel da filha mais nova, Michelle. No seriado, ela é citada diversas vezes, e em alguns momentos, até dá para sentir um desprezo pela ausência delas. Todos os demais membros do elenco original aparecem, em especial o John Stamos (Jesse), que é produtor da série. Até os filhos gêmeos dele, que eram apenas crianças fofas no original, dão o ar da graça: agora eles estão no sexto ano da faculdade.
Quanto ao novo elenco, temos os filhos da DJ: Jackson, Max e Tommy são fofos demais. Para mim, o Max é a melhor parte do seriado, sem dúvida. Temos também Ramona, filha de Kimmy, e seu quase ex-marido, Fernando. O novo potencial parceiro romântico de DJ também já deu as caras no seriado.
Na Netflix, os treze episódios da primeira temporada foram liberados sexta-feira. Eu assisti a todos em uma tarde. Como era de se esperar, a série original é bastante mencionada, e até rolam alguns flashbacks. A música de abertura é um cover da clássica. O seriado induz bastante nostalgia, em alguns momentos eu até cheguei a me incomodar por medo de que a série fosse depender apenas das referências do passado, mas por sorte, não é o caso.
Em suma, é um seriado leve, divertido e que remete ao original o suficiente para alegrar aos fãs. Eu gostaria de saber que a segunda temporada está nos planos dos produtores. Eu adorei este seriado, e quero mais.
Assista ao trailer e prepare-se para voltar no tempo.