Coração? (Gail Carriger)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do quarto livro da série O Protetorado da Sombrinha e pode haver spoilers dos livros anteriores. Para saber o que eu achei deles, confira os links no fim da resenha.

coracao

No penúltimos volume da série O Protetorado da Sombrinha reencontramos Alexia em seu último mês de gravidez, e, após a protagonista ter virado alvo ambulante de vampiros desesperados e ter recorrido ao último recurso de ir em busca dos templários para obter mais informações acerca do seu bebê, é claro que a curiosidade sobre a natureza dessa criança é o que esperamos ansiosamente desta vez, ainda mais quando as ameaças a Alexia parecem finalmente ter sido sanadas pelo plano bastante arguto de Lorde Akeldama. Mas, conhecendo Carriger como conhecemos é claro que não haveria um volume nessa série que não tivesse perseguições, complôs e ameaças, ainda que pela primeira vez elas não sejam direcionadas à Lady Maccon. Só que a ameaça pode até não ser direcionada à Alexia, mas a revelação do complô, feita por um fantasma enlouquecido diretamente à preternatural, a coloca no centro dessa investigação, afinal é a vida da Rainha que está sendo ameaçada!

“- Me recrutar? – gritou. – Sério mesmo? Que maravilha. E qual é o nome dessa sociedade secreta?

A preternatural hesitou e, em seguida, lembrando-se de uma frase que o marido usara em um momento de irritação, sugeriu, provisoriamente:

– O Protetorado da Sombrinha? ” (Página 113)

Acho que ela só não contava que a pista a levasse a vasculhar o passado do marido e da alcateia de Woolsey, e que ela passaria a suspeitar de assassinos em peles de lobo em vez de donos de presas. E, como se isso já não bastasse, ela tem que ajudar Lorde Maccon com o novo e relutante filhote da alcateia (para imensa tristeza de Lorde Akeldama), decifrar a cada vez mais misteriosa (e com uns parafusos a menos?) Madame Lefoux, e lidar com a irmã que resolveu participar do movimento sufragista e que parece não ter mais receios em longas convivências com o círculo sobrenatural. E, eu já falei que Alexia está em seu oitavo mês de gravidez?

Assim como nos livros anteriores, o ritmo da história é frenético, a narrativa de Carriger é ágil direta e com um toque de humor que por vezes beira o sarcasmo. Humor britânico para ninguém botar defeito. No livro anterior, Carriger já vinha nos preparando para mudanças substanciais na sociedade sobrenatural londrina e ela cumpriu sua promessa, apesar de ter guardado a cereja do bolo para seu capítulo final, ainda que não nos tenha privado de um gostinho no fim.

Está chegando a hora de nos despedirmos dessa sociedade vitoriana repleta de sobrenaturais, invenções mecânicas mirabolantes, chapéus extravagantes e muitos dirigíveis. Já estou com saudades dos seus diálogos eloquentes, das críticas mordazes aos costumes, das investigações levadas às últimas consequências por Alexia e de seus personagens cativantes. Carriger conseguiu tornar até mesmo seus vilões extremamente empáticos. Não é difícil entender todo esse pendor repentino de Felicity por presas e pelagens. Espero que a conclusão não demore a ser publicada por aqui. Sinto que o bebê do casal Maccon ainda irá provocar muito rebuliço em Londres.

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Arquivado em Lendo aleatoriamente, Resenhas da Núbia

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