Então, eu reli #2: Harry Potter e a Pedra Filosofal (J.K. Rowling) – edição ilustrada

Há tempos venho ensaiando uma releitura de Harry Potter, a última vez que reli todos os livros foi pouco antes do lançamento do último livro da série (era assim que eu aguentava esperar pelos lançamentos) e já se passaram mais de dez anos desde então. Com o lançamento das novas edições belamente ilustradas pelo Jim Kay resolvi novamente me enveredar pelas páginas da história desse bruxinho que conheci lá na adolescência. Findada a leitura desse primeiro volume, mais do que um reencontro com velhos amigos e a redescoberta da magia inspiradora de Hogwarts que nos faz querer voltar às carteiras e assistir uma aula ou outra de Transfiguração, Defesa Contra Artes das Trevas e até mesmo Poções; é uma nova experiência perceber detalhes que as leituras algumas vezes afoitas deixaram passar, ou, que foram retomados nos livros derradeiros. Também é um alívio reler sabendo (e conseguir captar as nuances por causa disso) que um de seus personagens favoritos, apesar de chato, sempre foi fiel (momento nostalgia de quem participava da comunidade “Eu confio no Snape” no finado Orkut). É justamente por saber tudo o que Harry, Rony e Hermione ainda irão passar, todos os perigos que irão correr, os amigos que irão fazer, outros tantos que irão perder, que a experiência de reler tudo desde o início se torna ainda mais especial.

E, como a série do Harry Potter é uma das mais lidas no mundo (e os filmes não ficam atrás), eu duvido muito que alguém não tenha lido, ouvido ou visto algo sobre a história do Menino que Sobreviveu. Se você quiser uma pincelada sobre a trama desse primeiro volume, leia o post que a Mari publicou aqui em 2011. Mas, há alguns detalhes que merecem ser pontuados. Detalhes que acabaram eclipsados pelas mudanças cinematográficas, ou que te deixam com a pulga atrás da orelha com os acontecimentos vindouros. Por exemplo, antes de Harry propriamente ser deixado na porta da casa dos Dursley, há toda a parte do tio do Harry percebendo coisas estranhas ocorrendo durante o dia: o desleixo dos bruxos nas suas comemorações perante os Trouxas pela derrota do Voldemort, as mudanças climáticas bruscas, revoadas e mais revoadas de corujas; pode ser mero detalhe, mas que já entrega muito do pensamento dos Dursley acerca do que é estranho e seus preconceitos contra os bruxos. Não havia como ter esperança do Harry ser tratado de forma diferente por eles. Por outro lado, Sirius é mencionado já nesse primeiro livro (e eu não lembrava disso de jeito nenhum); Hagrid menciona que pedira emprestado a ele a moto que usou para levar Harry até a Rua dos Alfeneiros. Mas, então, ele (Sirius) ainda não havia sido acusado da traição que ocasionou a morte dos amigos? É algo para se prestar atenção nos próximos livros. São esses novos olhares sobre personagens tão intimamente conhecidos, que torna a releitura uma atividade prazerosa. É reler as listas de materiais do primeiro ano e desejar ter todos aqueles livros na sua estante. É reencontrar Pirraça, o poltergeist esquecido que tanta falta fez nos filmes; ou imaginar o quão legal seria ver um fantasma no papel de professor (ei Professor Binns) nos filmes, apesar dele ministrar a aula mais chata nas palavras do próprio Harry.

Essa nova edição, conseguiu tornar a leitura ainda mais mágica. As ilustrações do Jim Kay saltam aos olhos. São ricas em detalhes, cores e texturas, e muitas delas dá vontade de colocar num quadro porque precisam ser mostradas. Por ser uma obra ilustrada, algumas liberdades editoriais puderam ser adotadas, como por exemplo, a inclusão de excertos (devidamente ilustrados é claro) da obra de Newt Scamander e do livro A criação de dragões como prazer e fonte de renda. Foram adendos muito legais. Mas, o melhor de tudo nessa experiência, foi perceber que mesmo com o passar dos anos, Harry Potter não perdeu sua magia e que a jornada da releitura ainda guardou muito do seu encanto.

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