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Princesa das Águas (Paula Pimenta)

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Princesa das Águas é o terceiro volume da série de releituras de contos de fadas/princesas que a Paula Pimenta está publicando pela Galera Record. E, juntamente com a história da DJ Cinderela, a história da nadadora Arielle Botrel está entre as minhas favoritas. Ouso dizer que até mesmo superou a da primeira trama publicada. Os personagens são carismáticos, o alívio cômico ao drama é garantido e, a vilã fez uma boa participação, daquelas de provocar raiva. Todos elementos mais do que bem-vindos em um “conto de fadas”. Afinal, um final feliz sem muitos percalços e sem um desenvolvimento crível do romance dos protagonistas não convence, e, felizmente em Princesa das Águas a Paula Pimenta soube trabalhar isso muito bem, produzindo uma narrativa leve, fluída e envolvente.

Arielle Botrel tem 16 anos e é uma das promessas da natação nas Olimpíadas: da qual ela participará pela primeira vez. Filha de um campeão mundial de natação e de uma famosa cantora que morreu de complicações em seu parto, ela também tem cinco irmãs mais velhas que compõem a girl band “Mermaid Sisters”. Uma empreitada da qual ela adoraria fazer parte, se ela não se culpasse pela morte da mãe.

“Claro que ela perguntou se eu também gostaria de cantar, mas mesmo com 7 anos eu já sabia que não poderia fazer aquilo sem que meu pai ficasse sabendo… E eu realmente não queria magoá-lo, fazendo com que ele lembrasse da minha mãe. Então apenas balancei a cabeça e disse que preferia nadar. Foi aí que meu destino foi selado. Troquei os palcos pelas piscinas, os holofotes pelas raias, as melodias pelos treinos e os perfumes pelo constante cheiro de cloro.

E o mais incrível é que por bastante tempo eu fui feliz assim… ” (Página 13)

Como nadadora e como filha caçula, a vida de Arielle é bastante regrada e superprotegida, mas a garota vive tentando dar suas escapadas (que nem sempre dão certo) e em uma dela acaba se deparando com Erico, o atleta queridinho da Suíça e que irá balançar o coração dessa nadadora.

Quando soube que a história se passaria durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, fiquei curiosa para saber como a Paula iria colocar o amor no ar, pois em meio a tantas competições ia ficar meio difícil trabalhar todos os elementos da história que serviu de inspiração. Mas, ela foi criativa em sua solução: uma prévia das Olimpíadas com direito a muitos reality shows dos quais não vou falar muito para não estragar a surpresa. Só vou dizer que isso permitiu que Arielle pudesse tentar conquistar seu príncipe sem poder utilizar sua voz, que as maquinações da vilã fizeram jus à sua contraparte da animação (mesmo sem os poderes) e que inúmeras pistas sobre novas princesas foram deixadas no ar. Continuar lendo

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