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Forward (Blake Crouch e outros autores)

Depois da minha experiência positiva com o Blake Crouch (se você ainda não leu “Matéria Escura”, leia), é claro que eu iria dar uma chance para uma coletânea idealizada por ele e que conta com autores como N. K. Jemisin de “A Quinta Estação” e Andy Weir do divertidíssimo “Perdido em Marte”.

Pensar no futuro. Essa foi a grande questão proposta por Crouch. Para ser mais específica, ele queria criar uma história sobre e levar outros escritores a escrever sobre a futurologia. A futurologia busca equilibrar os referenciais quantitativos com uma leitura subjetiva de possíveis desdobramentos futuros, partindo da análise de dados disponíveis no presente. São esses mundos novos, pensados a partir de nossa realidade atual, que Crouch nos convida a conhecer.

São seis contos e é Crouch que inicia essa jornada com “Summer Frost”, no qual ele brinca com o conceito de realidade. A trama que lembra uma mistura de Matrix, Jogador n° 01 e Westworld traz Max, uma I.A. (inteligência artificial), como protagonista. Ela que foi “criada” por Riley, originalmente para um jogo, mas que se desenvolveu de uma forma inimaginável, que Riley a “extraiu” do jogo e agora vive a ter “sessões” com Max. Crouch traz para discussão um dos assuntos mais controversos quando falamos sobre o que esperar do futuro. Serão as I.A. transformadas em superinteligências incontroláveis pelos humanos e que poderão provocar nossa destruição? Esse temor percorre toda a narrativa do conto, que tem um ritmo alucinante e garante uma leitura frenética.

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Perdido em Marte (Andy Weir)

Perdido-em-Marte

A contracapa da edição brasileira de Perdido em Marte traz um comentário do astronauta Chris Hadfield (comandante da Estação Espacial Internacional) no qual ele diz que a precisão técnica utilizada por Weir é fascinante e que as situações vivenciadas por Mark lembravam muito um episódio de MacGyver. Para toda criança dos anos 90, o referido personagem é sinônimo de inventividade e superação de obstáculos, e Mark (o protagonista desta história) realmente encarna todo esse espírito, com um adendo: um pendor para a comicidade e o sarcasmo. E isso, conquista o leitor desde a primeira frase do livro. Mark está ferrado e tudo o que você quer é torcer por ele e vivenciar com ele todos os seus esforços para sobreviver em Marte e retornar à Terra.

Mark Watney, astronauta da Nasa, pode ter sido apenas a décima sétima pessoa a pisar em Marte, mas garantiu para si o título de primeira pessoa a ser esquecida, e provavelmente a primeira a morrer, no planeta vermelho. Ele era um dos tripulantes da missão Ares 3, que foi abortada por causa de uma forte tempestade de areia. Toda a tripulação foi embora e Mark, que acreditavam estar morto, foi deixado para trás. Continuar lendo

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