
Foto: Stocksnap.io
Apesar do blog existir há 10 anos (!) e minha vida como leitora superar em anos (e muitos) essa marca, foi apenas em 2017 que passei a me preocupar com as escolhas de leituras que fazia. Deixei de pensar apenas nos títulos e pegar obras aleatoriamente na estante para ler e pensar no social e na cadeia de produção e divulgação literária por trás das obras que chegavam até o grande público. Projetos como o #readwomen2014, traduzido para #leiamulheres no Brasil me fizeram enxergar toda a problemática historicamente enfrentada pelas mulheres que ousaram se aventurar no mundo dos livros, durante muitos anos elas pouco foram incentivadas e foram até mesmo proibidas de perseguirem carreiras literárias. Pouca visibilidade editorial, a grande disparidade de espaço de mercado ocupado por ambos os sexos, a prática repressora de fazerem autoras utilizarem pseudônimos masculinos ou as iniciais para serem publicadas. Uma blindagem perante os olhos do público que só fez aumentar a visão distorcida de que a literatura escrita por homens é melhor. Continuar lendo