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A Sombra da Serpente (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do terceiro e último livro da série As Crônicas dos Kane e pode haver spoilers sobre fatos dos livros anteriores. Para saber o que eu achei dos outros livros, confira os links no final da resenha.

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No último volume da trilogia Sadie e Carter têm um importante papel e seus poderes serão fundamentais para a restauração do Maat, a ordem do mundo. E com Apófis, a serpente do Caos, liberto essa tarefa torna-se ainda mais difícil, já que agora eles têm que correr contra o tempo para evitar que a serpente destrua o planeta e no meio disso tudo tendo que lidar com magos revoltosos, casas de magia sendo destruídas e deuses ficando cada vez mais enfraquecidos. A única chance dos dois jovens magos é tentar uma magia que pode lhes custar a vida e para isso, vão ter que ir atrás da alma de um mago psicótico no Duat e impedir seu julgamento, além disso, Walt, uma peça necessária para que o plano dê certo, está com seus dias entre os vivos contados.

Bailes de formatura, pinguins, um triângulo amoroso para lá de esquisito, um livro perdido de um deus e lidar com um deus gagá são só partes do que esses irmãos terão que enfrentar para vencer mais esse desafio. Riordan caprichou nesse último volume, que nada deixa a dever a seus antecessores em aventuras, tramoias e surpresas. Como tinha comentado nas resenhas anteriores, a estrutura narrativa utilizada por Riordan apesar de todos os comentários e discussões em off de Sadie e Carter (que aliás foi uma das melhores coisas feitas pelo autor, já que serviu para aproximar o leitor dos personagens e garantir o tom divertido da história), acaba podando um pouco o autor, pois já é determinista. Apesar, de todos os percalços, no fim ambos se deram bem, afinal, as fitas foram gravadas depois de todos os eventos terem acontecido. Mas, após a leitura de A Sombra da Serpente relevei essa minha birra, a história tem tantas surpresas ao longo da narrativa que acaba superando tudo isso. E eu que já tinha sido cativada pelas mitologias grega e romana, rendi-me de vez à mitologia egípcia e aos personagens criados pelo autor. Sadie e Carter não ficam devendo nada perante seu personagem mais famoso (aka Percy) e seus companheiros de aventuras também são bem interessantes: Khufu, Felix, Bes e outros tantos tornam algumas passagens deveras divertidas. A representatividade de vários países em alguns personagens também deve ter agradado alguns leitores ao redor do mundo. É impossível não ficar toda feliz ao ver que a personagem que Riordan escolheu para ter nacionalidade brasileira (a Cleo) é uma fã de livros, responsável pela biblioteca da Casa do Brooklyn e que pode pirar só de pensar em alguém maltratando um livro. Rola uma identificação e um desejo do país cada vez mais fazer jus a essa imagem, com cada vez mais leitores. Continuar lendo

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Arquivado em Lendo aleatoriamente, Resenhas da Núbia