Esta resenha trata sobre os acontecimentos do último livro da trilogia Jogos Vorazes. Perdoem os eventuais spoilers e se ainda não começou a ler a trilogia, tá esperando o quê ainda?
“Foi a minha flecha, apontada para a brecha do campo de força que cercava a arena, que proporcionou esses bombardeios como retaliação. Isso fez que Panem inteira se transformasse num verdadeiro caos”.
Por duas vezes Katniss enfrentou os perigos das arenas dos Jogos Vorazes, agora ela tem que se preparar para a maior luta de todas: a batalha contra a Capital. Finalmente, os distritos se rebelaram e sob o comando do 13° distrito, que longe de estar exterminado, detém os meios necessários para lutar contra a Capital, Katniss terá que inspirar essa revolução. Ainda que isso implique em sofrimento às pessoas que ela gosta…
A bomba lançada em nosso colo no último livro faz tique-taque sem parar e é com uma narrativa frenética, mas que não deixa de lado os detalhes, que os acontecimentos derradeiros nos são apresentados. Katniss retira o manto de tributo e nos mostra como é realmente: as angústias, as revoltas, os medos, um símbolo de revolução em frangalhos e que, no entanto encontra forças para lutar em pró da esperança de uma nova Panem. Caminhando entre a linha tênue que separa o bem do mal e na maioria das vezes tornando-a um simples borrão, Collins nos coloca acompanhando uma luta contra um governo tirânico, mas que muitas vezes se mostra tirânica também. A crítica à corrupção da sociedade é mais ferrenha. Podemos mudar? Como mudar? O mundo pode ser justo? Compra-se paz com guerra, justiça com injustiça? Continuar lendo