O dia 8 de março é dia de comemorar as conquistas, obtidas por meio de várias lutas, das mulheres. Nessa longa luta muitos espaços e direitos já foram conquistados. Na literatura não é diferente. Mas, apesar de já termos várias autoras, muitas com enorme sucesso e com obras consideradas clássicas, historicamente ainda existe uma defasagem em relação aos autores (como bem evidenciado naquele experimento da livraria de Cleveland). Foi por causa desse experimento que coloca em evidência essa grande disparidade, que resolvi criar essa coluna aqui no blog em março do ano passado e passado um ano a proposta continua válida. Há várias escritoras extraordinárias por aí esperando para serem lidas e se puder ajudar a divulgar a obra delas pelo menos para uma pessoa, já terá valido a pena. As indicações por aqui são temáticas e a de hoje serve para mostrar que as mulheres também escrevem ótimos romances policiais (não é a toa que até temos uma Rainha do Crime) e thrillers. Confira! Continuar lendo
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Leia Mulheres: elas também escrevem ótimos romances policiais e thrillers
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Iluminadas (Lauren Beukes)
“A porta se abre para a escuridão, e por um longo e terrível instante ele fica imóvel diante de todas as possibilidades. E então ele se agacha sob as tábuas, passa a muleta pela brecha de um jeito atrapalhado, e entra na Casa. ”
Pág 26. ”
Em Chicago no ano de 1931, o andarilho Harper Curtis invade uma casa abandonada que tem uma característica surpreendente: quem entra nela é transportado no tempo. Ele também percebe que de algum jeito já deve ter estado ali, porque nas paredes há nomes de mulheres que ele não conhece grafados em sua própria caligrafia. Além disso, a Casa parece falar com ele, o instigando a caçar e matar as garotas iluminadas, vítimas escolhidas a dedo nas mais diversas épocas no que poderiam ser considerados crimes praticamente perfeitos. Afinal, como rastrear alguém que mata na década de 80, mas que para todos os efeitos vive na década de 30? Apenas alguém que viveu na pele o horror de quase ter sido assassinada, pode ter a tenacidade suficiente, ou melhor a incapacidade de esquecer para persistir na busca de crimes que parecem estar ligados de forma impossível. Esta é Kirby Mazrachi, que em 1989 era para ter sido mais uma das vítimas de Harper. Três anos depois ela não mede esforços para tentar encontrar quem destroçou sua vida e a ajuda vem de Dan, um ex-repórter policial que cobrira seu caso, mas que agora cobre eventos esportivos. Continuar lendo
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