Esta é mais uma daquelas leituras que foram fomentadas por um desafio literário, no caso o Desafio Lendo Mais Mulheres 2018. Nele há a categoria ler um livro de uma autora sul-americana e eu não pude deixar passar a oportunidade de colocar o único livro da Rachel de Queiroz que tenho na minha estante. Não é que eu nunca tenha ouvido falar da Rachel de Queiroz, mas ela não fulgurava entre os autores que li no ensino médio. Não comecei pelo O Quinze nem Memorial de Maria Moura (duas de suas obras mais emblemáticas), mas Dôra, Doralina cumpriu seu papel de me apresentar uma escritora de narrativa afiada, muito ligada às suas raízes nordestinas e sempre preocupada com a situação política do país.
Dôra, Doralina foi publicado originalmente em 1975 e traz a história de uma protagonista que vive em uma fazenda no agreste nordestino sob o jugo da mãe, passando por seu grito de liberdade, seu envolvimento com uma trupe de teatro mambembe, seu desembarque no Rio de Janeiro em tempos de guerra e a descoberta do amor. Apesar de não acompanharmos Dôra desde sua infância, este é essencialmente um romance de formação e para refletir as diferentes fases pelas quais Dôra transita, Rachel estruturou a obra em três livros. Continuar lendo