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Meu Quintal é Maior do que o Mundo (Manoel de Barros)

“Todas as coisas cujos valores podem ser

disputados no cuspe a distância

servem para poesia. ” (página 45 – Matéria de Poesia)

Apesar de conterrâneo, só conhecia a obra de Manoel de Barros por meio de pequenos fragmentos: uma citação aqui outra acolá. Decidida a finalmente conhecer um pouco mais sobre aquele que é conhecido como o ‘poeta das infâncias’ por tratar de temas tão singelos em seus poemas, peguei a antologia Meu Quintal é Maior do que o Mundo publicada pela Editora Alfaguara em 2015. A antologia propõe trazer uma pequena amostra de cada uma das principais obras de Manoel de Barros, abarcando sua produção de 1937 até 2010. Há excertos de dezoito obras do autor. Continuar lendo

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É Agora Como Nunca – antologia incompleta da poesia contemporânea brasileira (org. Adriana Calcanhotto)

Na época da minha adolescência eu era muito mais ligada à poesia. Do tipo de gente que vasculhava livros, jornais, revistas e zines atrás de poemas, sonetos, haicais e pequenas rimas que eu colecionava em diários e cadernos. Com o tempo o hábito foi se perdendo, mas o Desafio Livrada deu o empurrãozinho que faltava para eu voltar a me embrenhar por entre versos e rimas. O Yuri propôs que lêssemos um livro de poesia nacional contemporânea. Acabei escolhendo a coletânea organizada pela Adriana Calcanhotto, É Agora Como Nunca, na qual ela traz poesias de 41 jovens autores brasileiros. Tem poesia sobre amor, sobre política, sobre raízes… Continuar lendo

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Meme Literário 2011 – Dia 20

 

 

Dia 20 – Você gosta de poesias? Qual o seu poeta ou poema favorito?

 

 

Antes costumava ler mais e até “colecionava” poemas, tinha um caderninho onde transcrevia todos os meus poemas favoritos. Lembro que Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Pablo Neruda, Cecilia Meireles, Castro Alves e Fernando Pessoa eram figurinhas carimbadas. Um dos meus poemas favoritos é:

Autopsicografia 

O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 

E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração.

(Fernando Pessoa)

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Palavras da Alma (Peter Menegat)

Eu tenho cá comigo que não há razão para escrever uma resenha de um livro de poesias e poemas. É o que penso. Cada poema cala em um leitor de forma diferente, a experiência de ler um livro de poesias é única para cada um. Então, porque fazer uma resenha que por mais que tente ser objetiva acabará enveredando (e com razão) pelas trilhas da subjetividade? Continuar lendo

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