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Leia Mulheres: Aventura

 

As autoras indicadas hoje poderiam também estar presentes naquela lista de escritoras de fantasia, seja por terem criados novos mundos ou feito a fantasia encontrar a realidade. Mas, estas autoras também criaram histórias nas quais seus personagens são colocados em situações perigosas, são convidados a desbravar novos lugares, encontrarem sua coragem interior e lutarem para superarem os percalços, derrotarem um vilão, ou simplesmente superarem o medo. Os livros de aventura, como são conhecidos, são bem difundidos na literatura para crianças e jovens e dentre as autoras aqui citadas há aquelas já bem conhecidas por esse público e outras que são mais conhecidas por seus livros direcionados ao público adulto, mas que também tem ótimos livros de aventura direcionados ao público mais jovem. Continuar lendo

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Um Autor de Quinta #61

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

 rebecca stead

Rebecca Stead

Rebecca nasceu em 16 de janeiro de 1968 em Nova York. Ela é casada com o advogado Sean O’Brien e tem dois filhos. Ela sempre gostou de escrever, desde criança, mas acabou tornando-se uma advogada. Depois de anos trabalhando na defensoria pública, após o nascimento dos filhos, voltou a escrever. Aliás, um de seus filhos foi o grande inspirador para a carreira de autora engrenar de vez. Durante anos, Rebecca juntou ideias para suas histórias (em sua maioria com temas sérios) em seu notebook, aparelho que a criança empurrou da mesa e acabou inutilizado, e as ideias, perdidas. Para aliviar seu humor, Rebecca começou a escrever novamente, uma história alegre para se distrair. Foi assim que seu primeiro romance, First Light, tomou forma e acabou sendo publicado em 2007. Em 2010 ela ganhou a medalha Newbery, por sua contribuição para a literatura infantil, com seu segundo romance When You Reach Me (Amanhã Você Vai Entender no Brasil). Continuar lendo

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First Light (Rebecca Stead)

First light

No Ártico, a casa de um importante filantropo teve que ser demolida por causa do derretimento da camada de gelo na qual foi construída. Isso é o que basta para que ele conceda fundos para uma universidade americana estudar os efeitos do aquecimento global nessa imensidão branca.  É assim que o garoto Peter se vê deixando Nova York junto com a mãe para acompanhar o seu pai, o glaciólogo Dr. Gregory Solemn à Groelândia.

Na Groelândia, ou para ser mais específica, no subsolo há Gracehope. O submundo do gelo idealizado por Grace. Uma comunidade sob o gelo fundada por antigos colonos ingleses, que encontraram ali um local seguro para desenvolver as “estranhas habilidades” que possuem. Nesse mundo secreto vive Thea, uma garota que sonha em ver a luz do sol e que quer levar adiante o sonho que sua mãe tinha quando era viva. Empreender uma jornada até o mundo exterior para conseguir conquistar novas partes do subsolo e assim aumentar os domínios de Gracehope para que a comunidade possa voltar a crescer.

Esses dois garotos, aparentemente tão diferentes, tem mais em comum do que podem supor e no momento que os mundos de ambos se cruzam, segredos do passado são revelados e novas possibilidades de fazer história surgem. Para desvendar essa história, Rebecca nos convida à desbravar essa imensidão branca e a penetrar nas profundezas do gelo para descobrir um mundo diferente, com habitantes cativantes e um modo de vida bastante peculiar. Um mundo que querendo ou não, terá que se preparar para as modificações que as mudanças no mundo estão provocando no gelo que o protege. Eis aqui mais um dos fatos que contribuiu para me fazer cair de amores pela obra: a ciência. Tanto o destaque para as pesquisas climáticas do pai de Peter, quanto às pesquisas feitas pela mãe do garoto, que é bióloga molecular! Aliás, é muito interessante o fato de a autora ter dado destaque à pesquisa da mãe de Peter com DNA mitocondrial. Para quem não sabe o DNA mitocondrial é herdado a partir da linhagem materna, assim um indivíduo, sua mãe e todos seus parentes maternos compartilham essa herança genética. É simplesmente impossível não traçar paralelos com a sociedade matriarcal de Gracehope, na qual todos sabem de qual ventre nasceram, mas não fazem ideia de quem foi o responsável por fornecer os outros 50% do material genético para sua formação. Continuar lendo

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Amanhã Você Vai Entender (Rebecca Stead)

“Se eu quisesse apenas saber o que aconteceu naquele dia do inverno passado, seria fácil. Não seria divertido, mas seria fácil. Mas não é isso que diz seu bilhete. Ali, pede que eu escreva a história do que aconteceu e tudo o que levou ao acontecimento.”

Miranda e Sal eram amigos desde que se entendiam por gente (alguns dizem que até antes disso), sempre estudaram na mesma escola, voltavam para casa juntos todos os dias e conheciam muito bem o bairro onde moravam em Nova York. Mas isso foi até aquele dia estranho, o dia em que Sal apanhou de um desconhecido na rua e a amizade dos dois começou a ruir. E para piorar a casa de Miranda foi invadida e ela começa a receber estranhos bilhetes que alertam sobre a morte de alguém, alguém próximo e que ela pode ajudar a salvar. Lidando com esse mistério e com o fato de estar sem o seu amigo, Miranda acaba se aproximando de outros jovens de sua escola: Annemarie, Colin e até o estranho Marcus, o responsável pela surra de Sal. Com novos personagens, novos caminhos são traçados, novas aventuras ocorrem e são essas descobertas que acompanhamos juntos com Miranda, sua nova amizade com Annemarie e Colin, os papos cabeça com Marcus e a dúvida sobre os bilhetes ali, sempre rondando e garantindo o mistério, o que te faz ler o livro rapidamente, só para sanar a curiosidade. Continuar lendo

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