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O Turno da Noite: Os Filhos de Sétimo (André Vianco)

Atenção, este post trata do primeiro livro da série O Turno da Noite, que se passa depois dos eventos de Os Sete e Sétimo. Assim sendo, podem haver spoilers, ou seja, comentários sobre a trama dos livros anteriores.

Os Filhos de Sétimo_capa

A história da trilogia O Turno da Noite tem começo apenas dias após o final de Sétimo. Seus filhos estão perdidos pelas ruas de São Paulo, sem saber como encarar a noite. Um vampiro ancião, Ignácio, entra em contato com quatro deles, Patrícia, Bruno, Raul e Alexandre e lhes oferece o que os jovens tanto procuram: segurança. O dinheiro e os luxos que o homem oferece também os atrai.

Ignácio diz aos novatos que eles não devem resistir à sede por sangue, que fazê-lo apenas os tornará mais mortais quando cederem; e explica que devem caçar pessoas que merecem ser mortas, tais como traficantes, estupradores, assassinos… Através de seu discurso, os jovens são arrebanhados para a agência de Ignácio que “limpa” a sociedade dos mortais.

Paralelamente à trama dos novatos, ocorrem outras histórias: a alcatéia de lobos filhos de Dom Afonso (Lobo) decide se esconder do exército, que ainda está atrás dos vampiros. A alcatéia se separou em três grupos: o primeiro é liderado por Leonardo e busca se esconder na Floresta Nacional de Ipanema em Sorocaba; o segundo, composto por Marcos e Yuli, tenta retornar a Porto Alegre, onde foram criados por Lobo; e finalmente, Hélio, que salvou duas das vampiras de Sétimo: Aléxia e Paola.

Todas essas tramas são exploradas alternadamente nas 229 páginas do livro, o que poderia torná-lo rápido e superficial demais, mas o autor soube contar sua história bem, e não ficamos com essa impressão. Claro que algumas histórias são menos exploradas, mas acredito que ele as retome nos livros futuros da série, então isso não se trasnforma em um problema.

Um dos fatores que tornou as histórias do André Vianco tão famosas é que ele, por ser brasileiro, narra os acontecimentos em cidades do país. Então quando ele descreve suas personagens no parque Trianon, ou na rodoviária do Tietê, eu consigo imaginar muito mais eficientemente a cena, por conhecer o lugar pessoalmente. Mesmo quando não conheço o lugar pessoalmente, reconheço de alguma notícia ou simplesmente imagino mais fácil por ser no Brasil. Dá uma sensação muito mais real à trama.

Para quem se encantou com os livros anteriores, a série é um must.

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