Desventuras carnavalísticas

Como todos jé devem estar cansados de saber, meu namorado mora um pouco longe de mim, em Curitiba. Então, sempre que temos a oportunidade, um dos dois começa a odisseia que é viajar para podermos nos encontrar. Para o Carnaval, a odisséia virou epopeia… Acompanhem o desespero!

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Tudo começou quando eu descobri que trabalharei na Quarta-feira de Cinzas. Eu pretendia voltar para casa na quarta, e só trabalhar quinta, mas isso se tornou impossível depois da notícia… Entrei no Decolar.com e descobri um vôo terça-feira de manhã por 70 reais. YAY!! Comprada a volta. Para ir, sexta, só haviam vôos por mais de 400 reais, sim, eu vaceilei demorando pra comprar, mas eu não sabia se teria folga na segunda e terça, então esperei até saber antes de ir atrás dos preços e tal… Decidi que pegaria o ônibus saindo de Jundiaí na sexta às 22h. 

Aí que começou a dar errado. Na terça, fiquei sabendo que teria um compromisso do trabalho me faria ir até São Carlos e voltar na sexta. Se eu chegasse em casa perto das 15h, daria tranquilamente para eu ir até São Paulo e pegar um ônibus antes para Curitiba. E eu curtiria umas horas a mais com o Fábio. Assim, nunca comprei a passagem das 22h…

Chegou sexta e eu realmente consegui chegar em casa antes das 15h. Peguei o ônibus das 16h10 para São Paulo e fiquei presa no trânsito. Quando FINALMENTE cheguei no Tietê, às 18h45, todas as passagens para Curitiba haviam se esgotado. TODAS. Comprei para o primeiro horário disponível: sábado às 11h39. E voltei chorando para casa, arrasada de ter ousado brincar com Murphy.

No sábado, temendo ficar presa no mesmo trânsito que estragou o começo do meu feriado, saí de casa às 7h30, peguei o ônibus das 8h00 e cheguei no Tietê às… 9h05. Ou seja, não peguei trânsito! E tinha 2h30 para matar na rodoviária. Dei uma volta pelas lojinhas, comprei uns esmaltes (e tem presente pra Núbia no meio hahaha), e fui pro Lounge da Cometa, onde fiquei lendo O que Einstein disse a seu cozinheiro – 2. Quando deu o horário, procurei meu ônibus e, claro, mudaram a plataforma de embarque sem avisar ninguém… Consegui entrar no bus, apesar de mil pessoas chatas achando que se entrassem antes de mim fariam o ônibus sair antes*. E, 12h10 saimos do Tietê. Para parar dois minutos depois com uma mulher reclamando que não tinha lugar pra ela. O motorista descobriu que realmente não havia lugar e obrigou a mulher a voltar para a estação e trocar a passagem (porque ele realmente não poderia fazer um lugar aparecer magicamente no ônibus).

Começou a viagem. Amém. Saímos de São Paulo e eu dormi duas horas, para acordar no meio do nada, com o ônibus parado. E assim ele ficou pelas próximas duas ou trâs horas. Eu li, ouvi música, assisti o único episódio de Cold Case que eu tinha no celular e, aí sim, o ônibus começou a andar, perto das 16h. Fiquei tanto tempo parada na parte da estrada sem sinal de celular, que meu namorado, fofo como só ele, ficou mega preocupado comigo. Cheguei no Graal em Registro eram 18h e qualquer coisa – o horário previsto para a chegada em Curitiba.

Depois de mais duas horas e meia, cheguei, finalmente! E agora estou aqui, postando do pc do Fábio enquanto ele espeta coraçõezinhos (é assim??) para o churrasco  (nham). E apesar da exaustão, acordei hoje às 8h, como de costume, e por mais que tenta tentado enrolar na cama, só consegui ficar até as 10 =(

E por isso a imagem do Project 365 de ontem foi esta poltrona, porque foi o que eu vi praticamente o dia todo (durante 10 das 24 horas do dia)

Conclusão: se eu tivesse seguido melhor minhas próprias dicas, eu teria me sossegado e ficado com o ônibus das 22h saindo de Jundiaí, que iria chegar atrasado, mas não tão atrasado quanto chegou…

*Já repararam que sempre que vamos entrar no ônibus, com lugar marcado, as pessoas ainda assim correm para tentar entrar primeiro, como se fosse mudar o horário da partida do ônibus ou ele fosse deixar de existir se ela entrar depois… Acho uma falta de educação as pessoas furando fila para entrar antes, sendo que, a não ser que roubassem a passagem, seu lugar estaria lá, esperando por ela… Falta um pouco de noção, bom senso e educação…