(Para ler ouvindo One of Us – Joan Osbourne a música de abertura – abram em outra aba/página)
Eu estou atrasada uns sete anos pra falar desta série. Mas o fato é que eu só assisti agora, em 2010. Quando a série saiu em 2003, eu não consegui acompanhar e graças à tecnologia do mundo atual, consegui fazê-lo estas férias (por isso que eu não li quase nada – viciei).

"Why me!?"
A séria trata da vida de Joan Girardi (Amber Tamblyn), que muda da água pro vinho quando ela conhece Deus. A primeira vez que Ele esbarra com a protagonista é no ônibus (pra música tema se encaixar ainda melhor na série), e ele a acompanha até a escola. Deus então começa a sugerir que Joan fizesse inúmeras coisas pequenas e, às vezes, absurdas, como se matricular em um curso avançado de Química (preciso dizer que adorei? lol), dar uma festa, convidar o valentão da escola pro baile…
Durante o episódio, Joan normalmente acha que a tarefa que Deus pediu que ela fizesse é a coisa mais banal do mundo, ou idiota, desnecessária, tosca, ridícula… Mas ela continua fazendo, e no fim, ela percebe que a ação que era banal pra ela mudou bastante a vida de alguém.

Deus apareceu pra Joan assim da primeira vez. Eu também fazia o que ele pedisse hahaha
Acho que o que me atraiu na série, além de ser fã de drama adolescente, é que Deus não tem religião. Ele não diz que uma está certa e a outra errada. Tampouco fica citando escrituras ou pedindo pra Joan acreditar Nele. Ele diz que é Deus, ela pede prova, Ele começa a falar pra ela coisas que ela nunca contou pra ninguém, e ela aceita que Ele é Deus. Ela não passa a ser uma fanática religiosa, ela apenas tem fé que Ele existe e faz o que Ele pede que ela faça. Ah, e Ele sempre enfatiza que ela tem livre-arbítrio e pode optar por não fazer o que Ele pede, mas pra ela, não fazer o que Deus manda parece errado, já que ela acredita que se ele pediu, tem um motivo.
Enquanto assistia, a série mexeu com meu lado espiritual. Eu nunca fui de acreditar em uma pessoa que fez tudo e em toda a onipresença e tal. Sendo cientista, eu sempre procurei um lado racional nisso tudo e não achei. Gostei do Deus que eles pintaram, acho que nesse eu conseguiria acreditar, ou ter fé na sua existência. Talvez se a série não tivesse sido cancelada… hahaha. Continuar lendo →