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Um Autor de Quinta #55

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta  da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

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Joseph Conrad

Conrad nasceu Józef Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski em 3 de dezembro de 1857, filho de pais poloneses, na cidade de Berdichev, na Ucrânia dominada pela Rússia Czarista. Seus pais eram nacionalistas militantes e seu pai foi preso por suas atividades e condenado a trabalhos forçados na Sibéria. Aos onze anos ficou órfão de pai e mãe e a partir de então passou a morar com o tio materno Thaddeus Bobrowski. O tio queria que Joseph seguisse carreira universitária, mas o rapaz conseguiu convencê-lo a deixa-lo seguir seu antigo desejo de viver no mar. Com 17 anos o jovem Joseph foi para Marselha e começou a carreira de marinheiro. Em 1878, depois de uma tentativa fracassada de suicídio, passou a servir em um navio britânico para evitar o serviço militar russo. Por quase vinte anos ficou na marinha, visitando os mais variados lugares da Ásia, África, América e Europa. Em 1886, ele conseguiu a nacionalidade britânica e em 1894 abandonou o serviço marítimo para se dedicar à literatura. Continuar lendo

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O Coração das Trevas (Joseph Conrad)

                                                 

O autor Joseph Conrad foi marinheiro durante boa parte de sua vida e muitos sugerem que seu trabalho na Societé Anonyme Belge pour le Commerce du Haut-Congo foi o que lhe deu motivos para escrever O Coração das Trevas. A obra inicialmente publicada em fascículos na Blackwood’s Magazine em 1899 é o 25° volume da Coleção Clássicos Abril, tem tradução de Celso M. Paciornik, é a mesma tradução publicada originalmente pela editora Iluminuras em 2002 e traz um texto suplementar escrito por Heitor Ferraz sobre a vida e obra de Conrad. Texto esse que traz comentários pertinentes sobre fatos da vida do autor e sobre os assuntos tratados na obra e que contribui para enriquecer a leitura.

“A história de marinheiros têm uma singeleza direta, e todo seu significado cabe numa casca de noz. Mas Marlow não era típico (exceto em seu gosto de contar patranha), e para ele o significado de um episódio não estava dentro, como um caroço, mas fora, envolvendo o relato que o revelava como o brilho revela um nevoeiro, como um desses halos indistintos que se tornam visíveis pelo clarão espectral do luar.” Continuar lendo

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