Este livro é um relato verídito escrito por Lori Gottlieb, uma jornalista que decidiu ter um filho através da doação de espermas, enquanto não encontrava o seu Príncipe Encantado, com quem se casaria e teria o seu final feliz. No entanto, aos 41 e vendo que estava cada vez mais difícil encontrar o cara perfeito, ela começou a se perguntar onde estavam os homens que cumpririam a lista de pré-requisitos e a fariam feliz para sempre.
O problema é que Lori, como muitas mulheres dos dias de hoje, tem em mente ideias surreais sobre a pessoa com quem vai compartilhar o resto dos seus dias. Essa ideia pre-concebida (e totalmente errada) faz com que ela tome decisões sobre a vida amorosa que não apenas não fazem qualquer sentido, como simplesmente vão contra o seu objetivo final: encontrar “o cara”. A verdade é que ela estava tão focada em encontrar o Príncipe Encantado (que não existe) que deixou de enxergar o Alguém Razoável, o homem que além de existir, teria um conjunto de características que a fariam feliz. Ela então decide investigar o que torna um casal feliz, e como eles se encontraram (e se reconheceram como casal), para tentar usar essas informações em si mesma. Na sua aventura, Lori conversa com mães, avós, terapeutas, amigas e amigos, um conselheiro de sites de relacionamento (eles existem!) e um rabino. Todos eles a ajudaram a enxergar que ela não estava entrando no jogo dos relacionamentos da maneira correta, e que da maneira que ela estava procurando, não ia MESMO encontrar um marido.
“A diferença entre mulheres que se casam e as que não se casam é que as mulheres que não se casam nunca desistem da ideia de que vão se casar com o Brad Pitt, e nunca lhes ocorre que elas talvez nunca se casem.”
“Parecia-me razoável pensar que, quanto mais eu demorasse, melhor seria o cara com quem eu acabaria”
“Essa lógica é falha: quanto mais você esperar, menos provável será que encontre alguém melhor do que já encontrou.”
Lori aprende na marra que não pode descartar as pessoas sem as conhecer direito. Às vezes, nossos instintos estão errados e pronto… Ela havia descartado tantas pessoas antes, e por motivos bobos como: ele está com uma gravata borboleta na foto de perfil. Nós tendemos a super-analisar tudo e a procurar motivos (normalmente idiotas) para terminar relacionamentos quando eles não são como idealizamos.
“Como você pode dizer que vai haver essa química se não lhe dá a mínima oportunidade, se ele não se enquadra na idade ou na altura que você quer?”
Durante a leitura, eu comentei com diversas amigas solteiras que eu iria emprestar o livro para elas. Não porque acho que elas estão tão erradas quanto Lori, mas porque acho que é bom, de vez em quando, tirar da mente as expectativas Hollywoodianas de um namoro/relacionamento ideal, e voltar aos olhos para o que é real, para o que existe de fato. Eu recomendo a leitura se você passa a vida em namoros que não dão certo, se você sempre namora os mesmos tipos de pessoa e o relacionamento não anda. Recomendo se você está procurando uma pessoa baseada em uma lista de requisitos físicos ao invés de procurar uma pessoa que tenha os mesmos objetivos de vida que você.
Garanto que a leitura vai ser difícil para algumas pessoas. O “tapa na cara” que a autora dá é bem real. Como ela diz, é a diferença entre saber que não podemos beber e dirigir e ver um acidente causado por isso. Mas, há esperança para quem enxerga as falhas em si mesmo e se dedica a mudar.
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