Dia 11 – Cite um livro que fez você rir. Fale um pouco sobre ele.
Não me lembro de um livro que só tenha me feito rir, costumo gargalhar e chorar (não na mesma proporção) em um mesmo livro. Este que vou falar aqui é um desses casos, chorei e ri lendo O Grande Mentecapto de Fernando Sabino, mas, apesar das cenas tristes terem sido chocantes e dramáticas ela foram pautadas por vários momentos hilariantes. Como não gargalhar quando um cano de ventilação é usado como latrina e uma festa da sociedade é interrompida porque literalmente jogaram merda no ventilador? Ou quando um interno de um hospício acaba candidato à prefeito? Sempre falo que este livro é uma montanha russa de emoções, com cumes de alegria entremeados com fossos de tristeza, o bom é que os cumes são mais constantes.
Sinopse: Fernando Sabino começou a escrever este livro em 1946, aos 23 anos, como uma distração para a obsessão literária que então o sufocava. Dez anos mais tarde, preocupações de outra ordem levaram-no a escrever o romance ‘O encontro marcado’, que tanto sucesso alcançou, com sucessivas edições até os dias de hoje – além das crônicas, contos e novelas com que conquistou seu numeroso público desde então. Um dia, já em 1979, remexendo velhos papéis, encontrou algumas folhas amareladas pelo tempo, com o princípio da história do grande mentecapto Viramundo. Como um desafio, decidiu retomá-la e, em 18 dias de trabalho contínuo e ininterrupto noite adentro, deu por terminado o romance iniciado 33 anos antes. A sua impressão é a de que teve o livro dentro de si durante todo esse tempo, ansiando por sair. O certo é que nele reencontrou a sua vocação de romancista. Tamanho esforço redundou numa obra a um tempo hilariante e dramática, cuja ação, circunscrita a Minas Gerais, adquire uma dimensão universal, remontando às origens franco-ibéricas do romance picaresco medieval.











