Letter 26: Don’t Flake Out (via The Hindsight Letters)

Uma coisa que eu acho muito legal no WordPress é que, na página inicial, ele mostra alguns posts que estão bombando. Esses dias, vi um post no The Hindsight Letters que resolvi “retwittar”: é uma baita duma lição de vida. O site é bem bacana, vale a visita.

Letter 26: Don't Flake Out Dear me at 19: So you’ve decided that you love books. You love books so much that you want a job helping people make them. You want to work in publishing. Somehow, through the luck of the draw and the pulling of some strings you manage to land a sought-after internship at a small press. You are pretty sure that you have found your life’s calling. They publish mostly feminist literature and experimental poetry. You read their manuscripts and feel … Read More

via The Hindsight Letters

Vou deixar a tradução, mas não deixem de passar no blog!

Querido eu aos 19:

Então você decidiu que ama livros.

Você ama livros tanto que quer um emprego ajudando as pessoas a fazê-los. Você quer trabalhar com publicações.

De alguma maneira, por sorte de iniciante e alguns contatos, você consegue um estágio concorrido em uma editora pequena. Você está quase certa de que você encontrou sua vocação.

Eles publicam literatura feminista e poesia experimental. Você lê os manuscritos e se sente como se você fosse a pessoa mais sortuda do mundo de ter conseguido esse emprego.

Então seu próximo passo é o mais lógico. Você decide se demitir.Huh?

O que?

Como isso poderia fazer algum sentido?

Okay, tudo bem. Para ser justo, você não se demite imediatamente. Você trabalha lá por alguns meses. Inicialmente, você só dá uma reduzida pequena nas suas horas. Aí um pouco mais. Aí você começa a ligar falando que está doente para os turnos que sobraram. E então manda uma resignação por e-mail.

Classudo.

Estou te escrevendo esta carta para dizer: NÃO SE DEMITA! NÃO FAÇA ISSO!! Pelo amor de Deus e todas as coisas sagradas, toma tento, aja como um adulto e mantenha seu emprego.

Aceito, quando você começou a trabalhar lá, você tinha uma idéia bastante diferente do que o seu trabalho envolveria. Talvez você não tenha entendido exatamente o termo “estágio”. Quando você chegou usando seu primeiro terno, você ficou um tanto surpresa ao se encontrar realizando tarefas, preenchendo manuscritos de rejeição e lambendo envelopes. Você conseguiu montar no cavalo tão rapidamente que praticamente se deu um cuecão.

“Não estou aqui para tirar xérox”, você pensou. “Se eu quisesse um trabalho preenchendo papéis, eu teria conseguindo um trabalho como secretária. Pelo menos estaria sendo paga”.

Estágio é assim: O trabalho mesmo é um saco. E você o faz de graça.

Porque não é o trabalho que importa. São as pessoas que você conhece. É o tempo que você coloca. É o que você aprende. E mais importante, é o que você pode colocar no currículo depois que acaba.

A editora pequena pequena onde você está trabalhando pode não ser a Knopf ou a HarperCollins. Podem não fazer muito dinheiro, e podem não ter aquele escritório chique no centro. Mas eles fazem o seu trabalho como qualquer outra no mundo. Seus processos são exatamente os mesmos, mas em uma escala muito menor. E eles conhecem pessoas. Várias pessoas.

Se você continuar, pode levar a algo muito, muito maior. Pode levar a uma Knopf ou HarperCollins. Pode levar a um escritório chique no centro. Pode levar a um emprego onde você é quem está contratando um estagiário, para preencher os buracos das coisas muito mais importantes que você está fazendo.

Mais importante, você fez uma promessa aos donos. Você prometeu que iria trabalhar com eles. Prometeu que iria trabalhar duro. Prometeu que estaria empolgado em aprender. Estas são mulheres que são gentis e compreensivas e que amam o seu negócio como se fosse seu filho. Se você se comprometer a este trabalho, cumprirá sua promessa. Você não as decepcionará. Você não as fará se sentir tolas por acreditarem em você

Ao invés, você escolhe vazar. Você opta pelo caminho fácil. Opta por terminar com elas por e-mail.

Uggghhhhh.

Querida, deixa eu te contar uma coisa: A vida é trabalho. Tudo é trabalho. Empregos são trabalho. Relacionamentos são trabalho. Família é trabalho. E em grande parte do tempo, trabalho é um porre. Não é a parte divertida. Não é a parte glamorosa. Não é a parte que te faz olhar pra trás e pensar “Poxa, isso foi incrível”. Mas a vida é assim. É a realidade. Nem tudo é divertido e nada que vale a pena é fácil.

Você vai se tocar da importância desse emprego de arquivar muito rapidamente depois que acabar.

Então me faça um favor e peça por alguns daqueles turnos de volta. Talvez trabalhe alguns a mais para compensar aqueles que você perdeu. Vá àquele escritório e arquive até seus dedinhos doerem. Dê o máximo de si em todos os trabalhos que eles te derem.

Pode não parecer muito agora, mas ao dar a essas mulheres, suas empregadoras, uma razão para acreditar em você, você pode até encontrar outra razão para acreditar em si mesma.

Um texto bacana de ler agora, que eu vou começar a estagiar. Espero que motive a mim, e a todos vocês, mais um incentivo de começar este ano novo dando o nosso melhor. Podemos nos esforçar um pouquinho a mais por dia e fazer com que a oportunidade que nos deram valha mais.

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