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A Fúria dos Reis (George R. R. Martin)

*Atenção, esta resenha pode conter spoiler do enredo do livro anterior da série. Já leu as resenhas do primeiro livro? Você poder ler a minha opinião sobre Guerra dos Tronos aqui e a opinião da Mari aqui.

Estamos de volta a Westeros, o verão finalmente terminou e a fidelidade dos Sete Reinos ao rei do Trono de Ferro também. Com a morte do Rei Robert, seu filho Jofrey assume o trono com Cersei sendo a rainha regente. Mas, com as dúvidas acerca da paternidade do garoto e os eventos transcorridos após a execução de Ned Stark acusado de traidor. Renly Baratheon (irmão mais novo de Robert) se autodeclara rei de Westeros, Stannis Baratheon vê-se como herdeiro legítimo do trono e lutará por ele e no norte, Rob Stark é coroado rei por seus vassalos. A disputa pelo poder está cada vez mais forte e os envolvidos não medem esforços para mantê-lo, aumentá-lo ou consegui-lo. Seja através de intricadas tramas sendo tecidas nos bastidores dos reinos, por meio de forças misteriosas e magia desconhecida que aporta em Westeros, ou através de batalhas sangrentas. Ardis, mistérios e espadas são o que temos em A Fúria dos Reis.

O início da narrativa de Martin nesse segundo volume é inquietante, novos personagens são introduzidos, nos são mostrados os destinos de velhos conhecidos e as mudanças empreendidas por Tyrion em Porto Real como mão do rei são de deixar qualquer um que desgoste minimamente de Cersei bem alegre. A história segue ágil e prometia seguir assim, mas em algum momento Martin perdeu o ritmo e com eles perdemos o afã por saber os acontecimentos vindouros. A impressão que tive é que o autor estava receoso de encerrar os acontecimentos do livro, em várias partes ele delonga-se demais na narrativa, para quê, por exemplo, citar todos os navios de cem remos na batalha em Porto Real? A estratégia virou uma ladainha de nomes, prontamente esquecidos pelo leitor já no próximo parágrafo. Foco Martin, a qualidade de um livro não é medida pela quantidade de páginas, se elas não forem bem aproveitadas a enrolação fica evidente e o leitor cansado. Continuar lendo

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A Guerra dos Tronos (George R. R. Martin)

Já aviso de antemão que não farei comparações entre As Crônicas de Gelo e Fogo (série da qual A Guerra dos Tronos é o primeiro volume) e O Senhor dos Anéis seguindo os passos equivocados da Veja e só lamento que muitos acreditem e concordem com o que foi posto ali. Martin e Tolkien só tem em comum a ficção fantástica, cada qual com suas características e estilos. Se sou fã de Tolkien por tudo que ele representou e ainda representa para a literatura fantástica, me tornei fã de Martin por mostrar que o gênero segue firme e forte e que novas vertentes sempre podem ser exploradas garantindo boas obras.

Martin em sua obra nos apresenta Westeros, um grande continente situado no extremo oeste do mundo, composto por Sete Reinos que mantem fidelidade ao Rei, que governa do Trono de Ferro situado na cidade Porto Real. As Terras do Sul são caracterizadas pelas altas temperaturas e fauna e flora extravagante e as Terras do Norte são sempre companheiras do frio constante e de invernos extremamente cruéis. Ao norte o reino termina na grande Muralha, que mantém (ou pelo menos tenta) a Floresta Assombrada e todas as criaturas que nela habitam longe das terras situadas ao sul de sua barreira.

“Todas as casas nobres tinham as suas palavras. Lemas de família, pedras de toque, espécies de orações, que alardeavam honra e glória, prometiam lealdade e verdade, juravam fé e coragem. Todas, menos a dos Stark. O inverno está para chegar, diziam as palavras Stark. Refletiu sobre como aqueles nortenhos eram um povo estranho, e já não era a primeira vez que o fazia.” Continuar lendo

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