Trauma aéreo. A epopéia para voltar para casa…

Segunda-feira, dia 15 de agosto, é feriado em Jundiaí. E como meu namorado mora em Curitiba, aproveitei a oportunidade de ir visitá-lo. Sem querer, comprei a passagem para voltar no domingo, ao invés de segunda, e acabei remarcando a volta para terça-feira, às 7h30. Se nada desse errado, chegaria em Campinas umas 8h30, com uma hora e meia para chegar no estágio.

SE NADA DESSE ERRADO.

Mas tudo deu…

Acordamos às 5h00 e chegamos ao aeroporto umas 6h20 e eu perguntei o seguinte para uma das atendentes:

– O vôo está no horário?
– O aeroporto está fechado.

Olhei para o Fábio com cara de pânico e fui fazer o check-in, onde eu não despachei minha mala, para tentar agilizar o desembarque (a eterna otimista). nos despedimos umas 6h55 e eu entrei na sala de espera e comecei a ler Terra Virgem, da Philippa Gregory. De vez em quando lançava uns olhares à tevê com as informações dos vôos, esperando que eles confirmassem a chegada da aeronave ou qualquer coisa assim, quando vejo um cancelado na frente do número do meu vôo. Fui ao balcão de informações:

– Oi, viu, meu vôo, para Campinas, foi cancelado de acordo com o telão
– Ah não, foi engano, já mandamos a informação de descancelarem
– OK.

E me sentei de novo, desta vez, sem abrir o livro novamente, os olhos colados à tevê. Logo o vôo havia sido descancelado, mas eu mal tinha terminado de digitar a sms falando que foi descancelado, quando foi cancelado novamente. Não querendo passar por chata, esperei, e fui recompensada:

Atenção senhores passageiros do vôo 1234 (não lembro o número), devido a condições climáticas adversas no aeroporto de Curitiba, informamos que o vôo encontra-se cancelado.

Aí falou mais alguma coisa de que se a pessoa tivesse despachado bagagem era para falar com o povo do balcão de informações, ou ir pro check-in para remarcar a passagem. Eu segui a última instrução, apenas para descobrir o check-in da companhia LOTADO. Novamente, conversei com atendentes:

– Oi, meu vôo foi cancelado e nos mandaram vir aqui para o check-in. Para qual fila quilométrica eu devo me encaminhar?
– Você despachou a bagagem?
– Não.
– Pretende?
– Não.
– Então vai pro balcão de vendas.

E eu fui. Chegando lá, tinha uma fila já bastante grande à minha frente, mas nada comparada à que se formou atrás de mim. Já tinha ligado para o Fábio avisando que eu ia ser remarcada e ele voltou para ver no que ia dar. Finalmente, fui colocada no vôo que sairia às 13h31 e iria para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e que de lá sairia um ônibus que nos levaria para Campinas.

Só que meu estágio começa às 10h. Fiquei mais nervosa do que já estava e começou um enjôo descomunal. Eu e o Fábio fomos para a PUC, onde ele trabalhou no mestrado e eu, depois de ligar no trabalho e me desculpar fervorosamente, me distraí com Sudoku, o blog e outras coisas, e almoçamos cedo para voltar ao aeroporto. Uma vez no aeroporto, comprei Dramin para não correr o risco de o enjôo piorar e já tomei um comprimido, já que ele demora um pouco para agir.

Nos despedimos novamente, o que é uma droga, devo dizer, e entrei na sala de espera pela segunda vez no dia. Assim que sentei, ouço:

Atenção passageiros do vôo 5678, informamos que a aeronave tem pouso previsto neste aeroporto dentro de 15 minutos blablabla (onde blablabla significa alguma coisa do tipo, vocês entrarão na aeronave depois disso).

Aí no painel apareceu que o vôo estava atrasado e, no fim, decolamos quase às 14h. A essa altura do campeonato, eu estava meio grogue do Dramin e praticamente entrei no avião sonâmbula. Eu tive um sonho muito alucinógeno e acordei super no pulo quando a aeromoça perguntou se o cara do meu lado queria beber algo (e eu respondi Guaraná, assustando a mulher).

Chegamos em São Paulo quase às 15h e fomos atrás do tal ônibus. Adivinhem? NINGUÉM no aeroporto sabia que éramos passageiros de Curitiba com destino a Campinas e que nosso vôo fora cancelado, e MUITO MENOS que estávamos esperando um ônibus. Depois de um tempo, uma moça disse que não haviam ônibus disponíveis e que estavam tentando conseguir um micro-ônibus, que estaria disponível a partir das 16h, ou ela poderia organizar táxis para nos levar ao aeroporto.

Claro que preferimos os táxis, já que “a partir das 16h” poderia muito bem ser código para “depois de amanhã”. No fim, entrei no táxi já tinha passado das 16h e, conversando com os passageiros que sofriam como eu, descobri um que iria para Jundiaí. Combinamos de pegar o mesmo táxi e falar para o motorista nos deixar em Jundiaí. Finalmente, às 17h00 cheguei no ponto onde combinei com minha mãe, que precisava fazer compras.

Fim da história: cheguei em casa às 18h, com fome e tão cansada que dormi e acordei somente para jantar. Quanta agonia!!

4 Comentários

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4 Respostas para “Trauma aéreo. A epopéia para voltar para casa…

  1. Avatar de Fábio Fábio

    Up side: Ficou comigo mais algumas horas.

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  2. Credo, que complicação esse aeroporto fez hein?
    Infelizmente essas coisas acontecem…

    Mas agora tá tudo bem #entei
    xD

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    • Tá e não tá ne? Não queria ter ido embora!! =(
      E o pior é que o taxista disse que sempre é chamado pra fazer esse tipo de transfer, ou seja, vive dando rolos…

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