K-dorama: Hello! Miss

Eu estava com outros doramas para ver antes deste, mas o lado histórico me fez passá-lo na frente (não posso negar que tenho uma queda por épocas passadas) e quando descobri que o drama é do mesmo produtor de Sungkyunkwan Scandal, não pude esperar para conferir. O drama é uma adaptação da novela “Kimchi Mandu”. Tentei saber mais sobre ela, mas todas as minhas pesquisas direcionaram para receitas da iguaria coreana de mesmo nome e que marca bastante presença na história. Caso alguém saiba mais sobre a obra original ficaria contente se pudesse compartilhar conosco.

• Título: 헬로 애기씨 / Hello! Miss
• Também conhecido como: Hello! Baby / Hello! My Lady
• Previamente conhecido como: 프라이드 / Pride
• Gênero: romance, comédia
• Episódios: 16
• Período em que foi ao ar: 19/Março/2007 à 08/Maio/2007
• Rede de televisão: KBS2
• Produtor: Lee Hyun Wook
• Diretores: Lee Min Hong
• Roteirista: Park Young Sook

Lee Soo Ah (interpretada pela Lee Da Hae) é a neta da 38° geração (também chamada de Aegishi) do clã Jae Ahn, um importante clã com mais de 300 anos de história, mas que assim como tantos outros clãs coreanos passa por dificuldades financeiras para manter seus prédios históricos. A fazenda do clã, Hwa Ahn Dang está caindo aos pedaços e a coitada da Soo Ah, em vez de curtir sua juventude (afinal, só tem 22 anos), tenta fazer o impossível para resguardar a propriedade de seus antepassados. Para isso tem que correr atrás de financiamentos improváveis, lidar com os anciãos do clã que nada fazem para aliviar sua carga e botar para correr as pessoas interessadas em comprar a fazenda.

Hwang Dong Gyu (interpretado por Lee Ji Hon) é diretor de finanças do Grupo TOP e seu avô, o presidente da empresa lhe deu a incumbência de conseguir que a Aegishi lhe venda a fazenda. Não preciso nem dizer que o primeiro encontro dos dois não foi bom né? O rapaz foi literalmente expulso da fazenda e com a recomendação de nunca mais por os pés ali novamente. Acontece que o vô foi um ex-empregado da fazenda, com um passado um tanto peculiar envolvendo o clã e que tem o sonho de dormir em uma das suítes da fazenda antes de morrer, como dono. E o coitado do Dong Gyu não terá sossego enquanto não conseguir realizar o sonho do avô.

E é claro que todas as coincidências do universo passam a conspirar para o encontro desses dois e acrescentam alguns personagens para apimentar a história. Como o pai, a madrasta, o irmão e a irmã malvada da Soo Ah, além da Jung Sook. Uma doida que Soo Ah conhece quando está indo para Seul e que colocará a protagonista em vários apuros. Além deles, temos ainda mais dois personagens com papéis fundamentais na trama:

Hwang Chan Min (Ha Suk Jin) é o primo mais novo de Dong Gyu e amigo do irmão da Soo Ah. Ele não sabe que o primo conhece a irmã de seu amigo e com o tempo começa a nutrir sentimentos por ela. O que colocará em xeque a sua boa relação com o primo.

Suh Hwa Ran (Yun Mi Joo) é modelo, esbarra com Chan Min em um trabalho e fica sabendo sobre o concurso para a modelo do Grupo TOP. Trabalho que a colocará em contato com Soo Ah e com um passado que talvez preferisse esquecer.

Como alguém que sempre viveu confinada em uma fazenda do interior, será capaz de não ficar perdida em Seul? Soo Ah nem mesmo sabe o que é um celular! Pior ainda, se torna presa fácil das estripulias da Jung Sook e desde que chega à capital só vive entrando em frias. Frias que lhe trazem tantos problemas que a moça não vê outra solução e acaba indo trabalhar no Grupo TOP (o que eu falei sobre as coincidências…). Temos então a formação oficial do trio amoroso Dong Gyu-Soo Ah-Chan Min, Hwa Ran assume com vontade o papel de oponente e não podemos esquecer do desejo do avô que após descobrir que a Soo Ah é a Aegishi da Ahn Dang quer que ela seja “adicionada” à família. E se Dong Gyu não for capaz de fazer isso, que Chan Min o faça! Começa então a deterioração do relacionamento dos primos, na disputa por Soo Ah, Hwa Dang e a herança da empresa.

Eis um bom plot, que renderia uma boa trama e deixaria os telespectadores na tensão para saber quem conseguiria fisgar a mocinha no fim. E na verdade foi assim até a metade do drama, o roteirista conseguiu até mesmo desfazer a imagem de mulherengo do Chan Min e nos deixar em dúvida sobre qual dos dois primos a Soo Ah deveria escolher. O triste foi que a história desandou em sua metade final, a história ficou arrastada com tantas novidades (leia-se problemas) que foram adicionadas, com as mudanças de humores do avô que parecia não saber o que realmente queria e com a falta de esportividade que Chan Min começou a demonstrar. Se alguém me falasse que cada metade do drama tinha sido escrita por um roteirista diferente eu acreditaria de tão diferentes que são. Enfim, gostei da história proposta e a conclusão foi satisfatória, mas ainda acho que a trama poderia ter sido concluída com apenas dez capítulos. Se você for como eu que não consegue resistir à dramas com um pé na história, não vá com tanta sede ao pote. No fim, Hello Miss não se encaixa nessa premissa. É um romance com uma pitada, e uma pitada bem pequena, de costumes históricos.

Vale a pena mencionar:

1. Prepare-se para sentir muita raiva dos anciãos do clã. É impossível não sentir indignação por pessoas que não ajudam Soo Ah manter a fazenda e que ao mesmo tempo querem que ela viva única e exclusivamente para isso, fala sério!
2. Prepare-se para gargalhar em várias cenas da Soo Ah com Dong Gyu.
3. Aliás, esse é o primeiro trabalho da Lee Da Hae que vejo e gostei muito do trabalho da atriz, logo pretendo ver outros dramas com ela.

Fontes: http://wiki.d-addicts.com/Hello!_Miss

http://es.drama.wikia.com/wiki/Hello!_Miss