Atenção, esta resenha trata dos acontecimentos do segundo livro da trilogia Maze Runner e pode haver spoilers (evitados ao máximo) sobre fatos do livro anterior. Para saber o que eu achei do primeiro livro, confira os links no final desta resenha.

“E, embora não possa lhes dizer tudo neste momento, é imprescindível que saibam o seguinte: esses experimentos pelos quais estão passando acontecem por uma causa muito importante. Continuem a reagir bem às Variáveis, continuem a sobreviver e serão recompensados com o conhecimento de que desempenharam um papel importante na tentativa de salvar a raça humana. E a vocês mesmos, é claro.”
À primeira vista a trilogia Maze Runner poderia se tratar apenas de um experimento maluco no qual decidiram jogar alguns garotos dentro de um labirinto e estudar seus comportamentos frente ao perigo e ao desejo de escapar dessa prisão. Mas, lembra-se do arcabouço que eu comentei na resenha passada? Pois é, o que se delineava apenas como um thriller psicológico mostra que na verdade é uma distopia bem construída, e se os elementos que a caracterizavam como tal eram apenas sugestões, em Prova de Fogo os garotos são lançados nesse pouco admirável mundo novo e são confrontados com o mal terrível que acabou acarretando a construção do Labirinto.
A Terra da qual eles ainda não se lembram, foi atingida há algum tempo por fortes tempestades solares, que além de terem desolado vastas regiões do planeta ainda provocaram o surgimento de uma doença. O Fulgor, também chamada por alguns de Fúria transformou o planeta em um filme de terror tipo B, porque essa doença não mata silenciosamente, ela ataca o sistema nervoso e em seus estágios avançados transforma humanos em bestas, chamadas Cranks, que se esquecem de suas vidas passadas e comem uns aos outros quando são totalmente dominados por seus instintos animais. Acho que imaginá-los como os zumbis 2.0 de The Walking Dead seria uma forma de enxergar o poder destrutivo dessa doença. E é contra ela que os garotos serão confrontados, porque quando escapam do Labirinto eles descobrem que ele era apenas o experimento inicial, que testes espelhados foram feitos só que com garotas e que tudo faz parte de um plano maior que tem por objetivo encontrar a cura para essa doença. E o pior é que o CRUEL, instituição intergovernamental criada para combater esse mal, ainda não terminou com eles, porque mais estudos são necessários e eles ainda não estão prontos para libertar suas cobaias. E a segunda fase desse experimento promete momentos realmente difíceis. Continuar lendo →