John Tradescant desembarcou na Virgínia para coletar, como seu pai fez em outros países, espécimes novas e raras de plantas que não existem na Inglaterra. Como jardineiro do rei, é sua obrigação manter uma coleção de plantas belas para poder tornar extraordinários os jardins reais. No Novo Mundo, John é guiado por Suckahanna, uma menina índia que conhece a terra como só um nativo e guia John por rios e florestas. A convivência faz com que John se encante pela menina, e o faz desejar permanecer na América com ela. Ao partir, promete à menina que voltará e a tornará sua mulher.
Contudo, ao voltar para sua casa, o belo jardim e casa de curiosidades conhecido como A Arca Tradescant, John é recebido pela notícia de que seu pai faleceu e que agora é o Tradescant mais velho, responsável pelos negócios da família. Também descobre que seu pai havia encontrado, antes de morrer, uma nova esposa para o filho: uma mulher forte e determinada que poderia ajudá-lo a criar seus filhos e cuidar dos jardins.
O rei pede que John vá até seus castelos cuidar dos jardins, mas estes são tempos estranhos, nos quais um homem leal ao rei é desprezado por seus vizinhos, enquanto que um homem que se opõe a ele é considerado traidor. John é aconselhado por Hester a ficar quieto, mas a lealdade Tradescant ao trono faz com que ele seja obrigado a acompanhar a família real nos primeiros momentos de seu exílio forçado.
Dividido entre a lealdade a seu rei, Carlos I, e seu coração, deixado na Virgína, com Suckahanna, John parece incapaz de tomar partido e decisões certas. Se ele voltar à América, vai conseguir deixar para trás sua família? E se ficar, conseguirá deixar de amar Suckahanna?
São perguntas que passam pela cabeça do leitor na primeira metade deste livro grande que narra mais de 25 anos da vida de John, uma personagem real, que tem até artigo na Wikipedia (veja aqui). As mais de 600 páginas do livro são densas, cheias da narrativa dos anos que levaram à Guerra Civil Inglesa, de como foram os primeiros anos da colônia da Virgína e acompanha as reviravoltas políticas que aconteceram na Inglaterra nesses anos.
Quem está acostumado aos romances de Philippa Gregory poderá estranhar que a narrativa é focada na visão de um homem, ao invés de uma mulher, como ocorre em sua série Tudor. Mas a história é cativante, e John é uma personagem curiosa de acompanhar. Espero que a Editora Record lance “Earthly Joys”, o livro que narra as aventuras do pai de John.
Para os interessados em datas e nomes: O Rei Carlos I, a quem John serve, é neto de Elizabeth, filha de Henrique VIII (cuja história é narrada na série Tudor de Philippa Gregory). E seu bisneto, Carlos Stuart, é o príncipe que tentará retomar o trono no segundo livro da série Outlander, de Diana Gabaldon.
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Ele era um botânico! Está bem que eu prefiro os animais, mas mesmo assim ele foi praticamente um historiador natural, só por isso já fiquei com vontade de ler o livro.
Deixa eu te confessar uma coisa…
essa é outra autora que ainda não conheço >.<"
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Nossa, ele ser colecionador lá de plantas foi uma coisa espantosa pra mim. Não sabia que já nessa época tinham interesse em catalogar/juntar coisas e tal… Achei super legal xD
….¬¬…
Demorou demais pra vc ler XD os livros dela são demais! Todos eles, e em especial a série dos Tudors (que eu li na ordem mais errada possível). Vale a pena =)
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