
O Palácio da Meia-Noite foi o segundo romance publicado por Zafón e, juntamente com seu antecessor (O Príncipe da Névoa) e o As Luzes de Setembro compõem a Trilogia da Névoa. Mas, como já havia dado para perceber desde a leitura do primeiro livro, o agrupamento desses livros em uma trilogia é artificial e cada qual funciona perfeitamente como um romance único. Os personagens e as tramas são distintos e as histórias tomam formas em lugares tão díspares quanto um vilarejo no litoral do Atlântico ou em Calcutá. Talvez o único denominador comum entre os livros seja a Névoa e o que ela representa: o sobrenatural, os perigos representados pelo oculto e a atmosfera sufocante que Zafón consegue imprimir tão bem em seus romances.
Em O Palácio da Meia-Noite Zafón nos convida a acompanhá-lo em Calcutá. Em 1916, um homem está em fuga desenfreada para salvar a vida de dois bebês gêmeos de um homem (uma entidade?) sobrenatural que matou a mãe das crianças e agora as quer mortas também. Para mantê-los a salvo, as crianças são separadas. A menina (Sheere) fica com a avó materna e o menino (Ben) é entregue no orfanato St. Patrick’s. E, durante um tempo a ameaça arrefeceu. Até maio de 1932. Prestes a completarem dezesseis anos, Ben e Sheere se reencontram e o passado da família e o homem que os caça deverão ser enfrentados. Continuar lendo









