1356 – Bernard Cornwell

Atenção! Este post trata do livro 1356, que embora não seja da série “A Busca do Graal”, se passa alguns anos depois do último livro da série, O Herege.  Assim, esta resenha pode conter spoiler da trama dos livros da série.

Em 1356, os boatos de que uma relíquia religiosa foi encontrada começam a se espalhar pela França. Isso seria considerado normal para aqueles tempos, cheios de falsas relíquias e peregrinações indo de encontro àquelas consideradas verdadeiras. Mas a relíquia em questão não é o dedo de um santo, ou um pedaço da cruz onde Jesus foi crucificado. Os boatos falam da espada que São Pedro usou no Getsêmani, quando os romanos foram buscar Jesus para a crucificação. A espada, La Malice (francês para a malícia), seria indestrutível, tornaria seu dono praticamente invencível e significaria que Deus apoiava o lado em posse da relíquia. O que no meio da Idade Média era tudo que um rei precisava saber antes de se lançar à guerra.

Claro que, durante a Guerra dos Cem Anos, o período em que este livro se passa, não faltavam motivos para a Inglaterra e a França lutarem entre si. O rei da Inglaterra, Eduardo, reivindicava para si o trono da França, ocupado por Carlos de Valois. E, motivado por essa reinividicação, todos os anos viam navios ingleses despejando arqueiros e homens de arma na costa da França, que aos poucos era dominada. No entanto, depois da derrota em Calais (descrita na trilogia “A Busca do Graal”), o moral do exército francês está bastante baixo, e Carlos de Valois reluta em lançar seu exército na luta contra os inimigos.

É nesse contexto que Thomas de Hookton volta aos holofotes. Seu susserano, o conde de Northampton ouviu falar dos boatos de La Malice e incubiu Thomas de encontrar a relíquia para garantir a vitória ao Rei Eduardo. Thomas, que já havia percorrido a França em busca do Graal, vê a necessidade de impedir que esta relíquia caia nas mãos de homens ambiciosos. E é essa a história deste livro.

Thomas é um dos temidos arqueiros ingleses, capaz de dobrar o arco de teixo até o ouvido e, com ele, lancar flechas a 200 passos. E arqueiros como ele são odiados na França, pois são a principal razão das vitórias inglesas. Mas Thomas, além de bom arqueiro, é bom líder, e sabe manter os seus homens longe de (muito) perigo. Como se ele não bastasse, temos também um escocês lutando contra seu juramento, um cavaleiro romântico digno das páginas de um romance medieval, e um amor à primeira vista capaz de romper alianças. Tudo isso em um livro!

Quem já leu a série “A Busca do Graal” vai reconhecer mais personagens do que apenas Thomas. Recomendo fortemente a leitura da série antes, para evitar spoilers, pois o autor menciona fatos ocorridos nos livros anteriores (até mesmo na Nota Histórica no fim do livro, ele menciona algumas batalhas e os livros nas quais elas foram descritas). E, para continuar a imersão em arqueiros britânicos, depois de ler 1356, avance no tempo com Azincourt! (Resenha da Núbia aqui!)

Sem sombra de dúvida, Bernard Cornwell é um mestre no que faz. Os seus livros são capazes de transportar o leitor de onde quer que esteja diretamente para o mundo que ele criou com suas palavras. 1356 não decepciona. Todo mundo já leu um livro ou uma série que deixa aquele gostinho de “quero mais”. E, para mim, a série A Busca do Graal é uma delas. Cornwell realizou um dos meus sonhos ao escrever este livro especial. Para quem não sabe, é o quinquasésimo livro publicado por Bernard Cornwell. Pessoalmente, ele também é especial, pois o meu primeiro contato com o autor foi com a série A Busca do Graal, além de ser o primeiro livro dele que eu leio em parceria com a Record Coração vermelho.

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